Por 49 votos contra 1, os vereadores de São Paulo aprovaram na noite desta terça-feira (30) o projeto de lei 349/2014, que proíbe o transporte remunerado de pessoas por meio de carros particulares cadastrados em aplicativos. O resultado afeta diretamente as atividades do Uber, que poderá ser proibido na capital paulista caso a lei seja sancionada pelo prefeito Fernando Haddad.
Apenas o vereador José Police Neto (PSD) votou contra a proibição do Uber. Ele foi vaiado pelos taxistas manifestantes, que acompanhavam a sessão na Câmara Municipal. O vereador defendeu que a concorrência gera menor preço e maior qualidade, portanto, o foco deveria ser em determinar as regras de segurança para que o Uber possa trazer benefícios à população.
O autor do projeto de lei, Adilson Amadeu (PTB), disse que o Uber oferece “mais do mesmo“, porque a cidade de São Paulo já dispunha de uma frota de luxo operada por empresas e cooperativas, que aceitam cartões de crédito. Além disso, o serviço “cria uma concorrência desleal e contrária a toda a regulamentação do setor”, segundo o vereador.
O Uber informou em seu blog que, por enquanto, continuará operando normalmente. “Em um momento que se fala tanto em mobilidade na cidade de São Paulo, a inovação é crucial para que as cidades fiquem cada vez mais conectadas, transparentes e inteligentes. A Uber acredita que é possível criar novas oportunidades de negócio para milhares de motoristas parceiros e ao mesmo tempo oferecer novas opções de mobilidade urbana”, disse a empresa.
O texto passará por uma segunda votação na Câmara Municipal de São Paulo e então seguirá para o prefeito Fernando Haddad. Se a lei for sancionada e entrar em vigor, o Uber e outros serviços do gênero serão proibidos em São Paulo. Quem descumprir a regra pagará multa de R$ 1,7 mil e terá o veículo apreendido.
Comentários
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Europa, em geral, é direita por acaso? Social democracia de cima abaixo. Não por acaso as inovações que mudam o mundo de verdade só vem dos USA há décadas. Europa decadente, mil vezes melhor que o Brasil lixão, mas decadente anyway.
E desde quando reconhecer os motoristas como empregados (e olha que as leis trabalhistas lá são bem menos imbecis do que as daqui) é a mesma coisa do que vomitar na população como um todo ao proibir um serviço mais eficiente e mais barato em nome de uma corja de taxistas?
Eu não quero mais a melhora, sinceramente, o Brasil cansa, e só quero é sair desta piada de mal gosto o quanto antes. Não me importa a atitude de qualquer outro país com relação a uma coisa isolada, como o Uber. O somatório de decisões estúpidas + mal caratismo inerente do brasileiro médio primeiro desanima, depois gera ódio, depois nojo, que é a fase em que estou agora. A saída é o aeroporto, e ela está a caminho. Lixo de país.