Alemanha produz tanta energia renovável que chegou a pagar para os cidadãos consumirem

Matheus Gonçalves
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• Atualizado há 2 semanas

Devido a interessantes subsídios do governo, a Alemanha produz muita energia sustentável, com painéis solares e geradores eólicos. A união de muito vento, sol, água e biomassa fez do último fim de semana praticamente o Capitão Planeta da geração de energia.

Isso porque, no domingo (8), essas tecnologias estavam dando conta de nada menos que 87% de toda a energia requerida pelo país. O aumento de oferta fez com que, por algumas horas, os preços da eletricidade ficassem negativos. Isso significa que moradores das regiões atendidas por essas plantas de fato pouparam dinheiro com cada watt consumido.

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Claro que o governo alemão não vai enviar um cheque para cada morador que fez uso de energia sustentável naquele espaço de tempo. O que acontece é que existe um mercado de compra e venda de energia, quase como o mercado de ações. Quando a oferta é alta, os preços caem, podendo ficar negativos, reduzindo assim a conta de eletricidade do consumidor final. Tudo isso por causa de uma variação climática. Nada mau poder economizar uns trocados dessa forma, certo?

E a tendência é que isso continue acontecendo por lá. Christoph Podewils, porta-voz da empresa de energia Agora, diz: “Nós produzimos uma grande fatia de energia renovável todo ano. Esse sistema se adaptou muito bem ao ocorrido. Esse dia mostrou novamente que um sistema com grandes quantidades de energia renovável funciona muito bem.”

Sendo otimista, dá para esperar que isso se torne realidade no Brasil também. Principalmente com projetos como uma termoelétrica de biocombustíveis na Bahia, alimentada por queima de capim, ou com gaseificação da cana de açucar, resíduos da agropecuária. A primeira fábrica de painéis solares se instalou no Brasil em maio, na cidade de Campinas (SP), com apoio do governo.

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Portanto, existe uma grande perspectiva de introdução dessa fonte de energia solar na matriz brasileira. A estimativa é que haja uma redução de quase 50% do custo de investimento até 2020. “De 2020 a 2050 haverá uma outra queda de 50% dos custos”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao jornal Valor Econômico.

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O Brasil passou por uma situação nada simples no setor energético, que se agravou por conta de uma crise hídrica, política e econômica. No Tecnocast 025, conversamos sobre a matriz energética brasileira e citamos alternativas de energias renováveis. Dê o play!

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Matheus Gonçalves

Matheus Gonçalves

Ex-redator

Matheus Gonçalves é formado em Ciências da Computação pelo Centro Universitário FEI. Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e especialização em usabilidade e game development, atuou no Tecnoblog entre 2015 e 2017 abordando assuntos relacionados à sua área. Passou por empresas como Itaú, Bradesco, Amazon Web Services e Salesforce. É criador da Start Game App e podcaster do Toad Cast.

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