O anúncio te deixa empolgado, mas o efeito tem curta duração. Os minutos seguintes são suficientes para você pensar melhor e, então, ficar desconcertado. Pudera: tudo que é apenas “meio novo” nos faz pensar em remediação, não em evolução. O desconforto fica maior quando você percebe que o problema é generalizado. Sim, estou falando do Xbox One, do PlayStation 4 e até do Wii U.
Novo, mas nem tanto
Na E3 deste ano, a Sony reafirmou o que havia sido confirmado dias antes da feira: uma nova versão do PS4 vem aí, com boas chances de ser lançada até o final do ano. O PS4 Neo, como vem sendo chamado, não foi mostrado no evento, mas sabe-se que o console terá, essencialmente, CPU e GPU mais poderosas. A nova versão será totalmente compatível com o ecossistema do PS4 original, mas possuirá como grande diferencial a capacidade de rodar jogos em resolução 4K.
A Microsoft, por sua vez, foi mais longe: na E3, a companhia não anunciou um, mas dois consoles. O primeiro é o Xbox One S (de slim), versão 40% menor na comparação com o Xbox One “normal”. O modelo traz três opções de armazenamento (500 GB, 1 TB e 2 TB) e joystick ligeiramente melhorado. Também há suporte a vídeos em 4K (e não a jogos nessa resolução, veja bem) e HDR (esse sim nos games).
Pelo menos nos Estados Unidos, o Xbox One S será lançado em agosto. Mas a novidade mais chamativa só deve dar as caras no final de 2017: o Project Scorpio, esse sim um console que será bem mais poderoso que o atual Xbox One. O plano aqui é oferecer, além de games em 4K, uma experiência nunca antes alcançada com realidade virtual.
“Estamos criando um monstro. Será o console mais poderoso que já fizemos”. As palavras de Aaron Greenberg, chefe de marketing da divisão do Xbox, mostram como a Microsoft está apostando alto no novo videogame.
O que há de errado nisso?
Essa ideia de lançar versões melhoradas de consoles não é nova. Como exemplo, o PS3 Slim foi lançado cerca de três anos depois do surgimento do PlayStation 3, tendo como diferenciais tamanho compacto (33% menor), mais opções de armazenamento (de 120 GB a 320 GB) e menor consumo de energia. Em 2012 surgiu a versão Super Slim, ainda mais compacta e com mais espaço para dados (HDs de 250 GB e 500 GB). Houve ainda uma variação do modelo com 12 GB de memória Flash.
No lado da Microsoft, vimos o Xbox 360 aparecer em vários “sabores”, tantos que chega a dar confusão. O console foi lançado em 2005, mas nos anos seguintes surgiram versões como 360 Premium, 360 Elite e 360 S (360 Slim), esta última caracterizada pelo tamanho menor e por trazer o Kinect. A última versão, lançada na metade de 2013, é o Xbox 360 E.
Em gerações anteriores também houve releituras. Se essa é uma prática comum, por que as novas versões do Xbox One e do PS4 não estão sendo celebradas por todo mundo? Bom, nos consoles mais antigos, as novas versões vieram para explorar ainda mais o sucesso que essas plataformas tiveram. No cenário atual, porém, a impressão que fica é que as novas versões são uma tentativa de salvar a geração que está aí.
A geração que não convence
Não é que os consoles de hoje sejam ruins, longe disso. PS4 e Xbox One são inegavelmente sofisticados, além de contarem com jogos consagrados. Até o Wii U, tido como o console menos vendido da Nintendo (desconsiderando algumas desventuras da empresa, como o Virtual Boy), tem títulos que são garantia de diversão.
Só que, quando você tem um novo videogame, espera ter experiências melhores que as percebidas na geração anterior. Mas estou falando de experiências completas. Não basta ter gráficos impressionantes (quando há) se a jogabilidade não acompanha tamanha evolução ou se a história não tem originalidade.
Pois esse é o grande problema da geração atual. O que mais temos visto ultimamente são remakes, remasterizações, títulos que deixam a impressão de que falta algo (com a permanente esperança de que uma continuação salve alguma coisa) e até downgrade gráfico. Títulos exclusivos? Há, mas para uma geração que surgiu em 2013, deveria haver muito mais a essa altura.
É como se o PS4, o Xbox One e o Wii U (para não ignorar a Nintendo) fossem apenas expansões melhoradas do PS3, do Xbox 360 e do Wii, respectivamente. Esses consoles são bastante avançados, mas parece não haver títulos que realmente conseguem aproveitar tanto potencial — não em quantidade suficiente.
Futuro sombrio
Na primeira olhada, o Xbox One S é apenas uma atualização do Xbox One original. Mas há um porém: o console não tem porta dedicada ao Kinect. Se você quiser usar o acessório, terá que conectá-lo via adaptador USB. Não é por menos: o Kinect caminha rumo ao vale das sombras. Apesar de revolucionário, quase não há jogos que conseguem aproveitar o dispositivo plenamente, com óbvia exceção para títulos de esportes e danças.
A meu ver, esse é um sinal de que a Microsoft ficou focada demais na parte técnica. O efeito é o que já foi dito aqui: parece não haver games capazes de transformar tanto potencial em experiência rica — novamente, pode haver, mas não em número suficiente. Algo semelhante acontece no ecossistema da Sony.
Eis o resultado: temos uma geração de consoles que parece ter grande poder de fogo, mas não consegue acertar o alvo. Admito que falar em “pior geração de consoles da história” talvez seja um exagero alimentado pela minha decepção, mas não dá para refutar os indícios de que algo não está dando certo.
Xbox One S
Com o perdão da referência, a Nintendo praticamente desistiu de jogar cogumelos verdes para o Wii U, depositando todas as esperanças no futuro Nintendo NX. O PS4 bateu recentemente 40 milhões de unidades vendidas. A Microsoft não divulga os números do Xbox One, mas fala-se em algo próximo de 20 milhões de consoles comercializados. Não são quantidades inexpressivas, mas o PS3 e o Xbox 360 venderam mais. Proporcionalmente ao tempo de mercado, talvez só o PS4 consiga bater o antecessor. Talvez.
Sob esse ponto de vista, é de se entender o lançamento de versões atualizadas do PS4 e do Xbox One. É necessário reagir. O problema é que, por mais que Sony e Microsoft neguem, não dá para escapar do temor de que o resultado final desses esforços seja o encurtamento do tempo de vida da atual geração. Seria um enorme dissabor para quem apostou nessas plataformas.
Mas o pior é o medo de que os erros se repitam. PS4 e Xbox One vieram com a promessa de resolução full HD, 60 fps e mais interação com movimentos (Kinect e PlayStation Camera). Neo e Scorpio terão como grandes atrativos resolução 4K e realidade virtual. Como se vê, novamente os holofotes estão sobre os aspectos técnicos. Esses recursos serão bem-vindos, certamente, mas é preciso saber dosar: a atual fase tem mostrado que pouco adianta haver tanta tecnologia se ninguém sabe ao certo o que fazer com ela.
Comentários
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vai ver o valor hoje do Nintendo Switch kkkkkkkkkk se paga 2000 no video game... e 400 reais num jogo bosta.
to atrasado mas vou falar... a maior diferença é culpa de valores, espaço e BUG... como assim?
antigamente era ps1, ps2 e ate 360 o pessoal comprava video game destravado (não falo que esta certo), mas jogos a 10 reais voce saia comprando ate porrada de jogo pela capinha mesmo sem conhecer, ja hoje não, voce vai atras dos jogos populares com medo de gastar e se arrepender depois. isso te deixa com menos opção de jogo,...ESPAÇO: isso de HD acaba limitando demais o aparelho... tem lado bom e ruim... o Bom é que midia virtual não exige o leitor gastar, o ruim, voce fica limitado a uma quantidade de jogos e não quer gastar espaço com jogo desconhecido... e BUG... muito novo jogo hoje lança e fica bugando uma eternidade ate a empresa corrigir os BUG... vejo muito isso alguns foruns pessoa reclamando de jogo bugado. e a empresa não conserta.
Po prq não fazem um Final Fantasy normal das antigas??? Era só copiar que já seria melhor do que esses filmes que se dizem jogos de hoje.
The Witcher 3, é muiito tedioso, não aguentei jogar...conversas intermináveis, e anda pra caramba. Chato pra cacete. Esses jogos do Ps4 são muito chatos, é um filme, não é um jogo.
Tirando que no Brasil está muito monótono
Ou é Playstation, x box e PC
Eu mesmo não conheco ninguém que tenha um Nintendo Switch
Sei que é postagem ainda... .mas agora em 2019 conheço muita gente que tem o PS4 (largado e juntando pó) qual a razão disso?
Um PC gamer ter um preço parecido com de console e tem uma força maior e mais utilidades... Rodam os mesmos jogos e os preço bem mais baratos que do console.
E só ver os jogos mais jogados da atualidade. LoL, fortnite, overwatch... Eles tem pro console? Tem alguns... Mas não é tão popular como do PC... Outra diferença... Dependendo da configuração do PC quando mudar a geração a pessoa vai ter que trocar 1 ou 2 peças e pronto já está forte de novo... Agora console não... Parou de lançar jogos. Lá vai mais mais uns 3 mil reais e 300 reais em jogos... Outra diferença... Jogo de console não atualiza igual os de PC. Tem que fica toda hora comprando um novo.
Concordo.
concordo. hoje a maioria dos jogos são de tiro e online. é mais filme do que jogo. os anos 90 foram os melhores (opinião) para a industria de games. jogos de nome eram final fantasy, mega man e outros. a nintendo quer trazer essa emoção de um jogo de verdade de volta. por isso prefiro nintendo sobre as outras.
melhores jogos:
1-chrono trigger
2-zelda oot
resto-nao sei definir
esse papo de tamanho da tv não cola e nem resolução , a falta de salto nos graficos é visivel nessa gen de ps4 e one l , eu ja coloquei meu ps3 em uma tv de tubo pra ver como fica e a diferença pra ps2 é brutal mesmo sendo a tv de tubo e 22 polegadas
daniel A atual geração tá que nem aquele time de futebol recheado de grandes
estrelas, porém com um técnico incompetente que não sabe aproveitar todo
seu potencial.
kkkkk capaz mesmo ein e pq a culpa seria só do tecnico e não dos jogadores ruins não tem como falar de potencial onde não tem
sinceramente não vejo nada demais em termos graficos essa gen atual não se parece uma nova gen diferente das outras que tinham salto grafico e inovação .
lucasotero não é que o salto foi menor, mas sim que ele se tornou menos perceptível.
por
exemplo, o kratos tinha 20.000 polígonos no ps3, enquanto o delsing tem
120.000 polígonos, mas a diferença de realismo não é nada de gritante.
quem garanti que delsing tem 120000 poligonos sendo que na pratica isso não se ve isso foi o que dev falou não significando ser uma verdade
daniel A questão é que a atual geração não está sabendo aproveitar todo o potencial técnico de seus consoles,
faz me rir cara potencial que não tem ja se pasam 3 anos e esses consoles estão a mesma merda isso é papo furado a arquitura ja é conhcida não tem o que descobrir neles diferente das outras gerações .
É como se o PS4, o Xbox One e o Wii U (para não ignorar a Nintendo)
fossem apenas expansões melhoradas do PS3, do Xbox 360 e do Wii,
mas de fato é isso mesmo ou nego vai falar que ps4 parece nova geração kkkk faz me rir só o wiiu tem muitta diferença do wii e isso pq o wii tem hardware bem simples
Com certeza, tem uma parcela de culpa dos gamers também.
Nesse quesito a Microsoft não foi mercenária http://www.xboxpower.com.br...
Cara de todos os games dessa nova geração multiplayer são só online ? ser for eu acho meio sem graça o bom mesmo é joga com um amigo de lado ou irmão, aqui perto da minha casa a molecada vivia jogando call of duty modo zumbi. 4 players no ps3 é xbox 360 era a maio diversão para eles estavam interagindo uns com os outros. hoje em dias as pessoas estão muito dependentes da tecnologia é da internet, daqui a algum tempo pode piorar. isso me lembra o que Mark Zuckerberg disse, quê a meta dele é conectar o mundo ao seu facebook, voltando ao assunto hoje em dia acabou a diversão agora virou um batalha gráfica tudo se resume á 'hardware e graphics', "não vai demorar muito para os consoles virarem um pc da vida. sinceramente eu tenho vontade de compra um console dessa nova geração mais fico bom o pé atrás, eu acho que vou comprar um ps3 mesmo, falta vários jogos que não detonei nele, remasterizados é pra "encher linguiça" alguns que presta para ser franco eu sou mais a retrocompatibilidade da Microsoft. só que á SONY é os estúdios de jogos adora arrancar grana das pessoas, mais compra quem quer!
Esse ser não é humano, o que é isso? A mais avançada IA que já vi jogando um game. =O
Edit: Ah, retiro o que disse. Quando olhei a thumb do vídeo, achei que era aquele do Luigi, que é perfeição. Esse daí é diferente, não é tão perfeito assim.
Concordo. Tenho que deixar mais algumas coisas explícitas: ao longo do tempo vai se tornando cada vez mais raro fascinação que tínhamos como éramos criança. Isso é coisa de se tornar adulto e conseguir prever situações e comportamentos. Um jogo novo passa a fazer parte de um conjunto de títulos de mesmo estilo, no final, dentro de nós, mudando apenas nome e personagens. Ficar adulto tira a graça, e também paciência da gente. Não adianta esperar ter a mesma emoção, a gente muda, a gloriosa coloração que tínhamos quando estávamos entendendo os fundamentos do nosso tempo esvai-se.
Atualmente, o ritmo das coisas está péssimo, as placas de vídeo estão sendo lançadas uma após a outra, e o computador está muito mais poderoso, e o celular idem. Os vídeo-games estão começando a cair nessa, e isso é péssimo porque desde os anos 80 vídeo-game é investimento a longo prazo pra quem compra e pra quem vende. Não adianta tentar acompanhar celular, computador, placa de vídeo. Eles vão matar os vídeo-games com isso porque as pessoas vão simplesmente enjoar. Ninguém quer avanço de ano em ano em gráficos e configurações. Uma pessoa que quer isso é uma tarada por especificações, ela está doente, não está curtindo JOGAR. Assim, eu acredito que ficaria só a Nintendo, porque ela não é idiota, os japoneses na Nintendo valorizam a humanidade nossa e fazem jogos e consoles para esse lado, mesmo que arriscado seja (wii u). Ou nós que consumimos damos uma mensagem bem clara: não queremos vídeo-games todo ano, ou eles vão ficar desenfreadamente aumentando o ritmo de tudo e vai ser um inferno pra todas as partes, com debandada maciça para produção de jogos em celular (e isso vai ser péssimo! Dá até dó e nojo dos próximos seres humanos achando-se "top da balada" jogando tudo pelo celular, rindo da gente, sendo que eles próprios já ficarão inveterados em velocidade, especificação, ao invés de diversão, profundidade, paciência e humanidade). Em todos os casos, isso é ruim. O mundo está sim senhor ficando de uma estupidez tremenda socialmente e tecnologicamente.
Nós que regulamos o mercado e nossos filhos também o farão, então temos que fazer o trabalho de ensiná-los a não consumir desenfreadamente, e curtir aquilo que é mais demorado, e humano. Eu não estou nem aí se você quer consumir mais ou consumir menos, que gosta de travar a vida do alheio são marxistas, que não querem nem que você seja dono de você mesmo, porém, eu acho que consumo adoidado retira também humanidade, e prazer original por certas coisas, sendo esse prazer direcionado a outras menos relevantes, como ter o celular do ano ao invés de saber o que fazer com um celular bom, jogar no vídeo-game mais potente ao invés de um mais simples que faça interação humana maior.
E é extremamente chato jogar "filmes", como vem acontecendo. Muitas produtoras tem a mentalidade de querer nos mostrar uma suposta super história, mas sem nem consultar-nos, ou consultar livros ou coisas do tipo pra ver o que é atrativo, o que é diferente. E mesmo assim, ficar praticamente de palhaço vendo a coisa toda correr e a gente terem papel de apenas deixar o personagem vivo é uma involução do jogar. Há muitos jogos com uma coisa que deixa a gente bem ligado pela primeira vez que joga, como o walking dead da tell tales. Mas depois passa. Nenhum outro foi legal como aquele primeiro.
Então escolham o que querem: ou jogos cinematográficos que no fundo nós jogadores somos a parte menos interessante, afinal a gente nem poder controlar muito podemos, ou jogos irritantes, rasos, repetitivos, enjoativos, bestificantes de celular, pra se ficar vesgo enquanto olha a telinha, ou lhe dar mais impressão ainda de que a vida é muito rápida e devemos jogar coisas nas pausinhas que damos.
Vamos SEGURAR A ONDA DESSE MUNDO IDIOTA?
O problema do PS4 e XOne para mim é que foram consoles que se venderam como uma "revolução gráfica", mas nem isso conseguiram entregar...
Prometer Full HD em uma geração que deveria vir já com suporte a 4k é decadência, porém o que eles fizeram foi prometer Full HD e entregar HD. E agora estão prometendo o 4k que talvez fique só no Full HD!
O Wii U foi o console mais inovador da geração, vamos combinar que o salto gráfico do Wii para o Wii U é gigantesco! O principal problema é que o "tablet" (que seria o grande diferencial) acabou sendo negligenciado pela própria Nintendo.
Oi Samuel, respeito sua opinião, alias acho que você está certo quando diz que cada jogador tem o seu perfil. Talvez o meu perfil não seja de jogos violentos ou ultra realistas e sim jogos mais casuais.
Vou deixar meu depoimento: Comecei no Atari 2600, passei pelo Master System e Mega Drive. Joguei NES e SNES na casa de amigos, depois fui pra PS1, N64 e PS2. Joguei muito em locadoras também diversos consoles. Jogava fliperama todos os dias e trabalhei em uma Lan House com 44 máquinas rodando Counter Strike, Warcraft e Battlefield etc. Passei por fases de PC com Ultima Online, Mugen, Tibia, World of Warcraft, etc. Joguei em Windows, Linux e Mac. Também ja tive alguns portáteis: GBC, GBA, Nintendo 3DS, 3DS XL. Atualmente tenho um PS4, um Wii U e um iPad.
Depois de ver tudo isso, o que sinto é que Xbox One e PS4 investem muito em hardware, mas os jogos perderam a essência do lazer e interação. No fliperama você pode estar no último boss, chega alguém coloca uma ficha e entra contra, e pode te tirar. Nas locadoras a gente jogava em grupos, assim como na casa de amigos. Na Lan House era uma grande bagunça, todo mundo jogando junto e tirando onda. Hoje vejo jogadores de PC, Xbox One e PS4 trancados no quarto jogando de madrugada sozinhos (embora online com outras pessoas que nunca viram) isolados do mundo. Antigamente o videogame reunia as famílias, hoje ele destrói.
Quando eu tive um Atari 2600, toda família juntava pra jogar tenis, boxe, boliche, etc. Joguei muito com amigos inclusive no PS1 títulos split-screen, incluindo Duke Nukem, Twisted Metal, Bomberman, Crash, etc.
No N64 era 007 Goldeneye, Mario Kart, Mario Party, Smash Bros... grupos com pelo menos 4 pessoas reunidas se divertindo.
Quando comprei um PS4, na semana seguinte corri e comprei um segundo controle, achando que ia me divertir com algum amigo ou com a esposa. Acho que usei 2x e nunca mais. Não encontro jogos pra jogar localmente em grupo. Não existe.
Enfim, entendo você. Alguns títulos eu tenho vontade de experimentar ainda, como o The Witcher 3, e Uncharted 4 (zerei os 3 primeiros). Mas nem sempre a gente quer jogar sozinho e atualmente, me divirto 10x no Wii U com gráficos simples do que em qualquer outra plataforma.
Entendo e concordo com o autor com relação à falta de novidades da atual geração de consoles. Realmente, poucas coisas novas foram introduzidas, se é que alguma realmente foi. Não jogo em consoles há alguns anos, portanto não posso falar das novidades, mas certamente posso falar sobre experiência de jogo. Nesse aspecto, uma das coisas que mais me incomoda é que muitos jogos atuais não são desafiadores o suficiente. Sempre existe o botão ou tecla da "ajuda", aquele que você aperta e descobre para onde ir, sistemas de fast travel ou DLCs overpowered. Parece que não é preciso pensar muito para jogar. Além disso, os jogos estão menos envolventes. Você não é se torna parte dele, é como se fosse apenas um turista passando por ali. Agora, de quem é a culpa? Em minha humilde opinião, a culpa é dos desenvolvedores, mais do que dos fabricantes dos videogames. As empresas andam criando jogos que são bonitos o suficiente para agradar adultos e são relativamente fáceis para agradar os adolescentes e crianças, um único jogo mediano para todos os públicos, em vez de criar um jogo excelente para cada público. Infelizmente, grande parte do mercado de consumidores finais acha que está tudo certo e se contenta com uma experiência meia boca.
Nota: faz uns 3 dias que comprei RollerCoaster Tycoon numa promoção da Steam. E já tenho mais horas de jogo nesse game (lançado em 1999, diga-se de passagem) do que em outros jogos AAA cinematográficos da geração atual. A diferença: o primeiro é um jogo para se jogar.