Mi Notebook Air é o MacBook Air mais barato da Xiaomi

Hardware superior, design mais fino e corpo mais leve, só que custando menos (e rodando Windows 10)

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

A Xiaomi revelou nesta quarta-feira (27) seu primeiro notebook, o Mi Notebook Air. Com nome bastante sugestivo, ele quer competir com o MacBook Air em hardware e design, mas custando bem menos e rodando Windows 10. A versão mais cara, com memória flash de 256 GB e GPU GeForce 940MX, será comercializada na China pelo equivalente a apenas R$ 2.439.

Ele será vendido em dois tamanhos de tela: 12,5 e 13,3 polegadas, ambos com resolução de 1920×1080 pixels, bem mais que os 1440×900 pixels do atual MacBook Air. O corpo é de metal prateado ou dourado e possui visual bastante minimalista — não há nenhum logotipo da Xiaomi na parte externa, apenas embaixo da tela. E como todo bom notebook topo de linha, o teclado é retroiluminado.

O hardware do Mi Notebook Air mais caro é bem decente se você considerar o peso de apenas 1,28 kg e espessura de 14,8 mm: processador dual-core Core i5–6200U de 2,3 GHz, 8 GB de memória DDR4, 256 GB de armazenamento em flash (PCIe) e um chip gráfico GeForce 940MX com 1 GB de memória GDDR5. A Xiaomi promete autonomia de até 9,5 horas.

Um ponto curioso do Mi Notebook Air de 13,3 polegadas é que ele possui um slot SATA vazio, que você pode usar para instalar outro SSD e aumentar a capacidade de armazenamento. A única pegadinha é que somente a Xiaomi pode fazer a instalação; é possível colocar um drive secundário de até 256 GB.

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O Mi Notebook Air de 12,5 polegadas é ainda mais barato, custando 3.499 yuans, o equivalente a R$ 1.707. O hardware é mais simples, mas suficiente para ter uma experiência decente no Windows 10: processador Core m3-6Y30, 4 GB de RAM e 128 GB de SSD, desta vez com interface SATA (e há uma porta PCIe disponível para upgrades futuros na máquina). A bateria é melhor que a do modelo mais caro: dura até 11,5 horas. Ele pesa 1,07 kg, quase o mesmo que o MacBook Air de 11,6 polegadas.

Ambos os modelos têm alto-falantes duplos da AKG (uia!) e carregamento rápido de bateria pela porta USB-C: no Mi Notebook Air de 13,3 polegadas, a carga vai de zero a 50% em apenas meia hora. O Windows 10 Home traz algumas modificações da Xiaomi, como a possibilidade de desbloquear a máquina automaticamente se você estiver com a Mi Band 2 e sincronizar seus arquivos na nuvem com o Mi Cloud Sync.

A Xiaomi suspendeu o lançamento de novos produtos no Brasil, então é pouco provável que vejamos o Mi Notebook Air tão cedo por aqui, se é que um dia ele virá — mas o mercado brasileiro está realmente carente de notebooks bons com preços não proibitivos. Na China, o primeiro notebook da Xiaomi será vendido a partir da próxima terça-feira (2).

Redmi Pro

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Outro produto anunciado pela Xiaomi é o Redmi Pro, o primeiro smartphone da fabricante chinesa com duas câmeras traseiras. Funciona assim: um sensor tem resolução de 13 megapixels (da Sony) e captura a imagem ao mesmo tempo que o segundo sensor, de 5 megapixels (da Samsung). Combinados, eles permitem que o usuário foque no objeto depois de tirar a foto (uma ideia parecida com a Lytro) e faça bokeh, aquele efeito de fundo desfocado.

As fotos de exemplo de Hugo Barra são bem interessantes:

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Disponível em três variantes, o hardware do Redmi Pro é potente e custa pouco, ao estilo Xiaomi:

  • deca-core Helio X20, 32 GB de espaço e 3 GB de RAM: 1.499 yuan (R$ 732)
  • deca-core Helio X25, 64 GB de espaço e 3 GB de RAM: 1.699 yuan (R$ 829)
  • deca-core Helio X25, 128 GB de espaço e 4 GB de RAM: 1.999 yuan (R$ 976)

Todos os modelos contam com tela OLED de 5,5 polegadas (1920×1080 pixels), leitor de impressões digitais, câmera frontal de 5 megapixels, corpo de alumínio escovado e bateria de 4.050 mAh, recarregável pela porta USB-C. A Xiaomi não revelou quando pretende vendê-lo fora do mercado chinês.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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