Area 404: o Facebook também investe em hardware
Como a "empresa" Facebook funciona quando não está focada no news feed
Como a "empresa" Facebook funciona quando não está focada no news feed
Quando falamos em Facebook, você provavelmente pensa na rede social azul, no Instagram ou no WhatsApp. Mas a empresa é muito mais que software, por investir em vários setores como o de realidade virtual e o projeto de ampliar o acesso à internet no mundo por satélite. E há um laboratório onde tudo acontece.
O nome cheio de referências já é bem curioso: ele é chamado de Area 404, e, segundo o Facebook, o laboratório foi construído porque as equipes focadas em hardware tinham espaços de trabalho muito fragmentadas, sendo que precisavam só de um espaço “grande e aberto”.
Com quase 19 mil metros quadrados, o lugar fica no primeiro andar do Building 17 do Facebook, que é o escritório de Menlo Park, na Califórnia. “Com esse novo espaço, conseguimos lidar com a maioria dos trabalhos de modelagem, protótipos e análise de falhas dentro do próprio escritório, diminuindo qualquer repetição no ciclo de desenvovimento de semanas em dias”, disse o Facebook.
Várias ferramentas super legais ficam à disposição dos engenheiros da empresa, como um enorme cortador por jato d’água, cuja foto abre este post. Ele despedaça alumínio, ferro, pedra e granito, mas não pode ser usado nem pelo Zuckerberg, pois ele não é um dos dez funcionários autorizados a chegar perto.
Outras ferramentas incluem uma máquina de moagem, que consegue modelar grandes objetos rapidamente, um microscópio eletrônico e uma máquina de tomografia, que servem para analisar objetos em 3D e várias outras coisas para analisar e refinar protótipos. O motivo? Só ver esse planejamento:
O Connectivity Lab, para melhorar a internet no mundo inteiro, e o investimento em realidade virtual na Oculus, são projetos que requerem um trabalho presencial conjunto e bastante atenção na hora de fazer as projeções.
Em entrevista à Bloomberg, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, detalhou que tem grandes planos para a realidade virtual: essa “renderização da realidade” é algo que ele queria fazer desde criança. Quando comprou a Oculus por US$ 2 bilhões, Zuckerberg mostrou que, a longo prazo, queria praticamente trazer o sonho da ficção científica à realidade. “Imagine o Facebook Live em um protesto, mas de um jeito totalmente imersivo”, projetou a Bloomberg.
“Nós conectamos 1,65 bilhão de pessoas pelo Facebook. Mas, se você quer conectar todas as 7 bilhões de pessoas e transformar a forma com que as pessoas compartilham e consomem conteúdo, você precisa fazer grandes investimentos em coisas a longo-prazo que você não sabe qual exatamente é o limite temporal”, completou.
É até surpreendente ver que o Facebook já têm desenvolvimento de ponta nessa área de hardware, para quem há alguns anos “só” era pensado como a maior rede social do mundo. Com certeza os planos de dominação mundial do Facebook vão muito bem. Mas ele não é o único.
Com informações: Wired.