Depois que você sai do ensino médio e vai para o ensino superior, teoricamente tem mais liberdade dentro da sala de aula. Não precisa mais pedir para ir no banheiro ou ficar com o celular guardado o tempo inteiro. Quando eu comecei a faculdade, aproveitei da liberdade maior para usar o notebook para fazer anotações na aula. Odeio escrever à mão.

Como esperado, houve pouquíssima reação dos professores. A maioria nem ligava, outros até pediam para a gente pesquisar algo no meio da aula, e poucos proibiam aparelhos eletrônicos. Em uma sala de 50 pessoas na Unesp, minha faculdade no Brasil, praticamente só eu usava o notebook para fazer anotações. Até que esse número começou a aumentar a um pouco menos de 10% da sala.

Por ser ideal para estudo, achei que não ia ter problemas com o Inspiron aqui no Canadá. A tela tem um bom tamanho para deixar o notebook compacto o suficiente para não me atrapalhar nem em cadeiras apertadas. Também achei que ia ver bastante gente com notebook, por esse equipamento ser mais acessível por aqui e até por questões de segurança. Ledo engano. A proporção, de 10%, se manteve a mesma. E o pior: mais professores implicavam com o uso do notebook na aula.

Minha professora de POLI 240 citando aquele estudo de “escrever à mão e melhor para o aprendizado”. pic.twitter.com/vBT67JnsFT

— Jean Prado (@jeangprado) 7 de setembro de 2016

Pode ter sido azar meu, mas duas professoras das cinco matérias que eu peguei praticamente advogavam para você não usar o notebook na sala. Uma foi menos radical, mencionou esse estudo do MIT na primeira aula e pronto. Outra disse que “desencoraja fortemente” o uso de notebooks e que as pessoas que quisessem ficar com o laptop deveriam sentar na última fileira para não “atrapalhar a concentração dos outros”. Ok, né.

photo-2

O argumento principal, muito bem detalhado neste post do Alecrim, é que, ao digitar, você tende a anotar o máximo de conteúdo que puder, por vezes escrevendo palavra por palavra o que o professor fala. Como à mão você não tem essa capacidade, a sua concentração melhora (até pela falta de notificações e mais distrações) e você anota o que te ajuda a lembrar da aula e fixar o conteúdo.

Mas acho que tem outra perspectiva aqui. Temos uma tendência a anotar mais coisas digitando, sim. E a se desconcentrar. Assim como temos uma tendência a ficar checando o celular toda hora quando estamos entediados, ou evitando fazer algo. Mas algumas práticas de auto-controle podem te ajudar a se concentrar.

Acho que esse seja o caso aqui. Pessoalmente, eu faço as anotações no notebook de forma semelhante como se estivesse fazendo à mão. Raramente tendo a copiar tudo o que eu ouço e normalmente funciona bem — pelo menos no Brasil, consigo ir muito bem nas provas.

Se você preferir, também pode deixar o Inspiron no modo tablet e usar a stylus, embutida no produto, como uma caneta. Com uma pitada de auto-controle e organização, cada um pode criar o próprio método de estudo e usar o método de anotação que lhe serve melhor.

O que você gosta de usar na sala de aula?

Conteúdo oferecido pela Dell. Este post é o sexto de uma série de artigos sobre como a tecnologia pode ser uma grande aliada nos estudos e nas viagens. Confira os outros!

Receba mais sobre Brasil na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Jean Prado

Jean Prado

Ex-autor

Jean Prado é jornalista de tecnologia e conta com certificados nas áreas de Ciência de Dados, Python e Ciências Políticas. É especialista em análise e visualização de dados, e foi autor do Tecnoblog entre 2015 e 2018. Atualmente integra a equipe do Greenpeace Brasil.

Canal Exclusivo

Relacionados