O que é o Snapchat?

Saiba o que é o Snapchat — app de rede social é a origem dos posts efêmeros, aqueles que desaparecem sozinhos do seu celular

Melissa Cruz Cossetti
Por
• Atualizado há 1 ano e 2 meses
Snapchat (Imagem: Alexander Shatov/Unsplash)
Snapchat (Imagem: Alexander Shatov / Unsplash)

O Snapchat é um aplicativo de mensagens e rede social. O pai dos posts efêmeros — hoje popularmente conhecidos como Stories, por causa do Instagram. Mas, nem sempre foi assim. Os snaps, como são chamados no Snapchat, duram 10 segundos e atualmente ficam no ar por até 24 horas. Desde que foi criado vive muitas polêmicas.

O Snapchat nasceu como um aplicativo de mensagens usado para compartilhar fotos, vídeos, texto etc. Gratuito para baixar, tornou-se extremamente popular em um curto espaço de tempo, especialmente entre os jovens americanos, mas perdeu espaço para aplicativos do grupo Facebook — como Instagram e WhatsApp que ficaram parecidos.

O recurso que tornou o Snapchat diferente de outras formas de mensagens de texto e compartilhamento de fotos foi o Snap, as mensagens que desaparecem após alguns segundos de terem sido enviadas por inbox, demasiadamente copiadas na internet.

Quem criou o Snapchat?

Criado por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, então estudantes da Universidade Stanford, em setembro de 2011, o aplicativo foi lançado inicialmente para compartilhar imagens que desaparecem sozinhas por meio de mensagens privadas instantâneas — que podem ser visualizadas por um período de tempo especificado.

Antes disso, em julho de 2011, o trio lançou o Picaboo — precursor do Snapchat. Logo depois, Brown saiu da empresa e o app foi relançado como o Snapchat meses depois.

Evan Spiegel (Imagem: TechCrunch)
CEO do Snapchat, Evan Spiegel (Imagem: TechCrunch)

Apesar de sua origem ser a de um aplicativo de fotos, o vídeo tornou-se um recurso muito importante do Snapchat — senão o mais popular. A plataforma tem sido uma sensação entre os jovens americanos, e 34% deles relataram usar o app em 2020.

Ainda em território americano, o Snapchat liderou entre o público jovem e foi seguido por TikTok e Instagram em tempo de uso por adolescentes. Até o final daquele ano, o Snapchat relatou uma soma de 265 milhões de usuários ativos diários pelo mundo.

De acordo com a Statista, o público do Snapchat é predominantemente jovem, com a maioria dos usuários informando ter menos de 25 anos — e uma parte considerável tem de 13 (idade mínima para usar) a 17 anos. Lá, o app está à frente do Twitter.

Na América Latina, quem lidera em usuários do Snapchat é o México, com cerca de 18 milhões. O Brasil vem em segundo, com cerca de 12 milhões. Nos EUA, são 85 milhões.

Dados globais do Snapchat (2021):

  • 265 milhões usuários ativos diários (DAUs)
  • Mais de 5 bilhões de snaps criados todos os dias
  • Mais de 75% dos usuários dos EUA de 13 a 34 anos

Para que serve o Snapchat?

Nossa, para muita coisa! O aplicativo é um mix de rede social, fotos e vídeos dos seus amigos, mensageiro, central de jogos… falar sobre a solução em software para Android e iOS vai parecer redundante ou ultrapassado. Mas mudanças ocorrem o tempo todo.

São três as frentes de atuação da Snap, a dona do Snapchat:

  • Snapchat

Snapchat é um “app de câmera” usado por milhões de pessoas todos os dias para manter contato com amigos, se expressar, explorar o mundo e tirar algumas fotos também.

Em um vídeo antigo, Spiegel tenta explicar com a suas palavras.

  • Spectacles

Spectacles são óculos de sol com câmeras que capturam fotos/vídeos, da maneira como você vê o mundo — e permitem que você compartilhe sua perspectiva no aplicativo.

Óculos Spectacles, do Snapchat (Imagem: Markus Winkler / Unsplash)
Óculos Spectacles, do Snapchat (Imagem: Markus Winkler / Unsplash)
  • Bitmoji

Bitmoji é a sua caricatura digital — um personagem de desenho animado que expressa instantaneamente quem você é e como está se sentindo, naquele momento, no Snap.

Atualmente, a Snap se define como uma “empresa de câmeras”.

“Acreditamos que reinventar a câmera representa nossa maior oportunidade de aprimorar a maneira como as pessoas vivem e se comunicam.

Contribuímos com o progresso da humanidade empoderando as pessoas a se expressarem, viverem no momento, aprenderem sobre o mundo e se divertirem juntas.”

Snapchat vs Facebook

Em 2017, o Snapchat chegou a abrir capital na bolsa. Após o IPO, houve uma queda forte no valor das ações, pressionada por uma iniciativa do Facebook de atrair os usuários dos snaps com recursos semelhantes. Sobre o assunto, a Snap fez o que chamou de Project Voldemort, dossiê com acusações graves de plágio de código.

O departamento jurídico da Snap passou os últimos anos documentando as várias abordagens que o Facebook teria executado com o intuito de quebrar o Snapchat. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) vem promovendo uma investigação antimonopólio contra o Facebook (e outras gigantes da tecnologia) e, como parte desses esforços, tem conversado com rivais da companhia.

No documento, a Snap afirma que Mark Zuckerberg deu uma espécie de ultimato a várias startups, incluindo Snapchat e Foursquare. Nas abordagens aos fundadores, ou os criadores de apps concorrentes aceitavam vender suas operações ou veriam o Facebook copiar seus serviços e “dificultar o funcionamento” deles ao máximo.

No caso do Snapchat, especula-se que o Facebook tentou comprar a plataforma em 2013 por US$ 3 bilhões e feito outra oferta de aquisição em 2016. O Google também teria se interessado em comprar a Snap no mesmo ano por US$ 30 bilhões, recusados.

Por enquanto, o Snapchat segue guerreando.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Snapchat, vai dar uma chance a ele?

Esse conteúdo foi útil?
😄 Sim🙁 Não

Receba mais sobre Snapchat na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Melissa Cruz Cossetti

Melissa Cruz Cossetti

Ex-editora

Melissa Cruz Cossetti é jornalista formada pela UERJ, professora de marketing digital e especialista em SEO. Em 2016 recebeu o prêmio de Segurança da Informação da ESET, em 2017 foi vencedora do prêmio Comunique-se de Tecnologia. No Tecnoblog, foi editora do TB Responde entre 2018 e 2021, orientando a produção de conteúdo e coordenando a equipe de analistas, autores e colaboradores.

Canal Exclusivo

Relacionados