Bitcoin passa a valer mais de US$ 1.000 pela primeira vez em três anos

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

Um bitcoin voltou a ser cotado a mais de US$ 1.000 nesta segunda-feira (2), pela primeira vez em três anos. O valor retornou ao patamar de 2013, quando a criptomoeda estava em seu pico histórico. A cotação vinha andando de lado depois de uma crise, mas subiu bastante nas últimas semanas: de dezembro até agora, já foram quase 40% de alta.

A criptomoeda já chegou a valer US$ 1.100, mas despencou em 2013, quando o MtGox, maior site de câmbio de bitcoin fora da China, saiu do ar repentinamente, levando tudo o que os clientes haviam investido. Outras casas de câmbio de bitcoin foram assaltadas em 2014, reduzindo o valor de US$ 900 para US$ 300 ao longo do ano.

As últimas altas têm a ver com a China, que controla nada menos que 93% (!) do mercado global de bitcoins. O yuan chinês se desvalorizou nos últimos meses, e o governo local pretende implantar regras mais restritivas de transferência e saída de dinheiro, o que tem feito alguns investidores se “protegerem” no bitcoin. A comparação entre bitcoin e yuan com relação ao dólar mostra um comportamento quase idêntico:

Bitcoin vs Yuan pic.twitter.com/luqdN5ezYd

— zerohedge (@zerohedge) 20 de dezembro de 2016

De acordo com a Reuters, a volatilidade da moeda diminuiu bastante: em 2016, o máximo de variação da cotação num único dia foi de 10% (o que ainda é bastante, mas bem menos que os 40% de 2013). Com a alta na cotação, o bitcoin já ultrapassou valor de mercado de US$ 16,6 bilhões — o suficiente para comprar uma Autodesk, uma Seagate ou uma AMD.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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