Direto de Las Vegas — A Xiaomi não deu muito certo no Brasil, tendo lançado apenas dois smartphones de entrada no país, o Redmi 2 e o Redmi 2 Pro, mas a empresa continua fazendo aparelhos bem interessantes. O mais diferentão é o Mi Mix, um smartphone que chamou a atenção nos últimos meses por ter um design praticamente sem bordas em volta da tela.

Eu fui conferir de perto o Mi Mix, que ganhou uma versão branca na CES 2017. Mas antes de ir para o que interessa, é curioso notar como a gente conhece a Xiaomi especialmente por causa dos smartphones, que são apenas um dos inúmeros tipos de produtos que a empresa vende — além de fones de ouvido, televisores, drones, purificadores de ar e até uma chaleira elétrica (!).

Em vídeo

Mi Mix

Não há bordas na parte superior e nas laterais no Mi Mix, apenas na base, que também abriga a câmera frontal. Aliás, tirar uma foto com a câmera frontal do Mi Mix é meio estranho; o Xperia ZQ da Sony também tinha esse posicionamento de câmera e até se acostumar demorava um pouco. Mas é claro que você resolver o problema simplesmente girando o aparelho.

O Mi Mix tem uma tela de 6,4 polegadas de 2040×1080 pixels, mas é mais compacto por ter um design minimalista. Continua bem grande — não é um smartphone que eu acho confortável de segurar, além de ser um pouco pesado, com 209 gramas. Mas o espaço é muito bem aproveitado, sendo que 91,3% da parte frontal é ocupada pela tela.

Para remover a parte superior, a Xiaomi teve que colocar um alto-falante meio diferente: há um componente atrás da tela que converte os sinais elétricos de áudio em energia mecânica; isso faz a carcaça vibrar com as ondas sonoras e então você consegue escutar a pessoa do outro lado da linha. Além disso, há um sensor de proximidade ultrassônico escondido embaixo da tela, para evitar que o touchscreen seja acionado com a sua bochecha.

Ele está disponível em duas variantes: o Mi Mix, com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento; e o Mi Mix 18K, com 6 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, que também se diferencia por ter detalhes em ouro de 18 quilates (!) em volta do leitor de impressões digitais e da câmera traseira. Completam o conjunto uma bateria de 4.400 mAh, processador quad-core Snapdragon 821 e câmeras de 16 megapixels (traseira) e 5 megapixels (frontal).

Ambas as versões têm acabamento de cerâmica, tanto na traseira quanto nos botões. Como a cerâmica é mais dura que um vidro normal, ela é mais resistente contra arranhões — mas não necessariamente é mais resistente contra quedas (e eu não gostaria de ver um Mi Mix caindo de quina no chão duro).

O Mi Mix já está sendo vendido em lojas chinesas, custando até 1.000 dólares para a versão de 256 GB.

Paulo Higa viajou para Las Vegas a convite da Huawei.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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