Uber começa a pedir CPF de usuários que pagam corridas em dinheiro

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

O Uber informou nesta segunda-feira (13) que começou a exigir que os passageiros informem o número de CPF antes de solicitarem corridas com pagamento em dinheiro. A medida tem como objetivo melhorar a segurança do serviço de transporte particular, que vem sendo criticado pelo aumento do número de assaltos a motoristas depois que começou a aceitar a nova forma de pagamento.

Por enquanto, segundo o Estadão, a exigência vale somente para a cidade de São Paulo, mas deverá ser expandida para o restante do país. Além do número do documento, os usuários precisarão informar a data de aniversário do dono do CPF ao solicitar uma corrida com pagamento em dinheiro. Essas informações serão verificadas em um banco de dados antes do início da corrida para evitar fraudes.

O Uber também afirmou que está testando “uma ferramenta que permitiria aos motoristas parceiros ampliarem sua escolha sobre meios de pagamento”. Parte dos motoristas já recusa corridas com pagamento em dinheiro por medo de assaltos, especialmente quando percebem sinais de que o usuário é recém-cadastrado ou solicitou a corrida em um lugar de maior risco.

Inicialmente, o pagamento em dinheiro foi um teste do Uber para aumentar sua fatia de mercado em regiões onde os cartões de crédito eram menos comuns, mas a ideia logo foi expandida para outras cidades — e as notícias de assaltos se tornaram mais frequentes. No início do mês, uma passageira foi vítima de um sequestro-relâmpago ao solicitar uma corrida do Uber em São Paulo; criminosos escondidos no banco do passageiro e no porta-malas exigiram que ela sacasse dinheiro e fizesse compras.

Antes tarde do que mais tarde.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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