Nintendo queria colocar Android no Switch com ajuda da Cyanogen, mas empresa recusou

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 semanas
Nintendo Switch

Rumores diziam que o Nintendo Switch – na época em que ele ainda era conhecido pelo codinome NX – rodaria uma versão modificada do Android. Parece que isso era verdade e a Cyanogen foi chamada para a tarefa, mas não quis.

Kirt McMaster, executivo da Cyanogen, disse no Twitter que dispensou pedidos da Nintendo “para criar um sistema operacional para um certo portátil”.

Ele também diz que a ideia de colocar Android no Switch “esteve sob consideração”, mas ele usa apenas “pedaços” do sistema móvel do Google. O console roda um kernel modificado do FreeBSD, assim como o PlayStation 4.

Como nota o Android Central, talvez fosse bacana um console da Nintendo com uma versão personalizada do Android, especialmente dado que o Switch quebrou recordes de vendas da própria empresa.

No entanto, ele provavelmente seria bastante fechado – imagino que a empresa barraria APKs e outras brechas – e não se pareceria em nada com o sistema que você vê em smartphones e tablets. Seria o oposto da missão que a Cyanogen tinha.

A Cyanogen começou distribuindo ROMs customizadas para vários dispositivos Android e se tornou a base para a Cyanogen Inc, uma empresa que oferecia uma versão do sistema operacional para várias fabricantes, começando pelo OnePlus One. No ano passado, ela descontinuou os serviços do CyanogenMod, agora chamado de LineageOS e mantido por uma comunidade de desenvolvedores.

O cofundador Steve Kondik culpa McMaster pelo fracasso da Cyanogen em se tornar relevante e em manter as ROMs customizadas, mesmo após receber investimentos milionários. Kondik deixou a empresa em dezembro; McMaster continua lá.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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