Foto por phonetography101/Flickr

O Facebook vem investindo em cabos submarinos à medida que tenta se tornar sinônimo de internet, e a Nokia é especialista em instalá-los e mantê-los. As duas empresas se uniram para testar uma técnica que pode transmitir dados ainda mais rápido através do mundo.

Facebook e Nokia testaram com sucesso uma técnica que pode aumentar a capacidade de um cabo submarino em até 2,5 vezes. Os testes foram realizados em um trecho de 5.500 km entre Nova York e Irlanda.

As transmissões atingiram 200 Gb/s em comprimentos de onda comerciais, e 250 Gb/s em um link experimental. Isso nunca antes feito de um lado a outro do Atlântico – um percurso de ida e volta de 11.000 km.

O truque se chama modelagem de constelação probabilística (PCS na sigla em inglês), que ajusta a capacidade de transmissão para aproximá-la dos limites físicos da fibra óptica. Segundo a Nokia, a técnica tem o potencial de atualizar este cabo submarino de 13 Tb/s para 32 Tb/s no futuro.

A ideia do Facebook e Nokia é se preparar para atividades que consomem muita largura de banda, como vídeos e realidade virtual, sem exigir novos cabos submarinos. Isso é importante: um executivo da Nokia diz ao ZDNet que esses cabos estão próximos do “limite de Shannon”, a capacidade máxima de dados que uma fibra óptica pode levar.

A tecnologia PCS ainda não está pronta, mas deve ser integrada a equipamentos da Nokia e distribuída nos próximos anos. E o cabo submarino do Facebook usado nos testes ainda não foi inaugurado, mas a rede social vem investindo bastante nisso: o MAREA, em parceria com a Microsoft, vai conectar os EUA à Espanha até o final do ano; enquanto outro cabo, em parceria com o Google, ligará EUA e Hong Kong em 2018.

Com informações: Engadget, ZDNet.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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