Facebook quer acabar com vídeos ao vivo “falsos”, incluindo enquetes com reações

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

As enquetes com votação por meio de reações, transmitidas pelo Facebook em vídeos “ao vivo”, sofreram mais um golpe nesta segunda-feira (15). A rede social atualizou os termos de uso da Live API para proibir a transmissão de imagens estáticas, animadas ou com loop, além de enquetes ao vivo.

O Facebook já havia se posicionado contra as enquetes em formato de vídeo. Em dezembro, a empresa publicou em suas diretrizes de marca a seguinte recomendação: “Não utilize reações em enquetes em vídeo quando a transmissão inteira consistir em imagens ou gráficos estáticos ou em loop”.

Agora, mais do que uma simples recomendação de marca, há uma regra na política da plataforma para desenvolvedores que diz: “Não utilize a API para publicar apenas imagens (exemplo: não publique imagens estáticas, animadas ou em loop) ou para fazer streaming ao vivo de enquetes associadas a transmissões estáticas ou ambientes”.

A rede social afirma ao TechCrunch que os vídeos que violarem a política terão visibilidade reduzida, e as páginas que quebrarem constantemente a regra poderão ser restringidas de utilizar o recurso Facebook Live.

Muitas páginas apelaram para “falsos” vídeos ao vivo porque o alcance desse tipo de conteúdo é maior: o próprio Facebook envia notificações para a base de fãs quando uma transmissão ao vivo é iniciada, e destaca o vídeo no feed de notícias dos usuários, aumentando a visibilidade.

Mas faz sentido que o Facebook esteja tentando combater esses conteúdos: se os usuários perceberem que boa parte dos vídeos ao vivo é falsa ou de baixa qualidade, eles assistirão cada vez menos a essas transmissões, o que é ruim para o Facebook Live e para os anunciantes da rede social. Veremos se, desta vez, as ações do Facebook surtirão efeito.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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