Código

Quando um aplicativo ou site é desenvolvido, normalmente funciona assim: o designer projeta a interface, ainda em formato de imagem, e depois repassa o desenho para o desenvolvedor front-end, que então transforma o mockup em código-fonte para ser interpretado pela máquina. É um processo que leva várias horas de trabalho. Só que a inteligência artificial pode reduzir (ou até eliminar) o tempo gasto nessa tarefa.

A startup dinamarquesa UIzard Technologies está trabalhando em um software com inteligência artificial que utiliza redes neurais para transformar screenshots em interfaces de aplicativos ou páginas da web, tudo automaticamente. O pix2code, como foi batizado, é capaz de “programar” para Android e iOS, além de “escrever” código em HTML e CSS.

Em um artigo, o fundador Tony Beltramelli explica que o processo é semelhante a criar descrições em texto a partir de imagens, algo que o Facebook já começou a fazer para ajudar pessoas com deficiência visual. O algoritmo é treinado com uma série de exemplos já prontos, e a partir daí consegue relacionar um botão, texto ou controle em uma screenshot a um código-fonte na linguagem desejada.

Este vídeo mostra o pix2code em funcionamento:

A UIzard diz que o modelo já é capaz de transformar mockups em código-fonte com 77% de precisão, o que está longe da perfeição, mas pode ser “drasticamente melhorado” com uma base maior de treinamento. No estágio atual, a tecnologia suporta poucos parâmetros e foi treinada com um conjunto de dados “relativamente pequeno”, com algo entre 80 e 140 mil exemplos para cada linguagem.

A expectativa, segundo o The Next Web, é que o pix2code seja liberado ao público até o final do ano.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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