Uber demite executivo acusado de roubar tecnologia de carros autônomos do Google

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

O capítulo mais recente da fase ruim do Uber envolve a demissão de Anthony Levandowski, responsável por comandar a equipe de carros autônomos da empresa de transporte. O executivo foi acusado de roubar documentos sigilosos da Waymo, divisão de tecnologia automotiva da Alphabet.

Ao New York Times, o Uber afirmou que forneceu evidências significativas à justiça para provar que sua tecnologia de direção autônoma foi desenvolvida de maneira independente. A empresa pressionou Levandowski por meses para cooperar com as investigações, mas o executivo não cumpriu um prazo interno para prestar esclarecimentos e, por isso, foi demitido.

Levandowski é fundador da Otto, startup de caminhões autônomos que foi comprada pelo Uber em agosto de 2016 por US$ 680 milhões. Antes de criar sua empresa, ele trabalhou como engenheiro no Google e estava envolvido com o projeto de… carros autônomos. O buscador afirma ter provas de que Levandowski baixou 14 mil arquivos sigilosos para seu notebook pessoal seis meses antes de se desligar do Google.

Leia mais: O suposto roubo de tecnologia que fez o Google levar o Uber aos tribunais

Ainda não há provas contundentes contra o Uber, e os juízes estão cautelosos na análise do caso. Mas a situação não é nada favorável para o serviço de transporte: se o Uber for considerado culpado, poderá, além de pagar indenizações gigantescas ao Google, ser obrigado a interromper seu projeto de veículo autônomo, que é uma das principais apostas para os próximos anos.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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