Vez ou outra, a Microsoft sofre algum vazamento relacionado ao Windows, e isso voltou a ocorrer recentemente. A empresa confirma que parte do código-fonte do Windows 10 circulou no BetaArchive; ele foi removido.

O BetaArchive é um repositório de builds antigas do Windows e macOS, além de jogos. Andrew Whyman, dono do site, diz que os dados vazados somavam 1,2 GB de tamanho.

O código-fonte incluía arquivos relacionados a drivers do Windows 10 para USB, armazenamento e Wi-Fi; compilações da versão “Redstone 2”, lançada este ano como o Creators Update; versões do sistema para processadores ARM; mais o kit para montar imagens do Windows 10 Mobile para smartphones.

Esses dados são confidenciais, porém são compartilhados com fabricantes, empresas, governos e outros parceiros que licenciam o Windows 10 através da iniciativa Shared Source.

Será que isso representa um problema de segurança para usuários do Windows 10? Como aponta o Ars Technica, provavelmente não. Algo semelhante já aconteceu em 2004, quando foi vazado o código-fonte do Windows 2000, e isso não levou a uma enxurrada de exploits.

Ainda assim, isso pode ser uma dor de cabeça para a Microsoft. Em março, o Ars Technica recebeu um relato não-confirmado de que os sistemas da empresa com builds do Windows foram hackeados.

E, na última semana, dois homens foram detidos no Reino Unido após serem investigados por acessarem a rede da Microsoft sem autorização. Eles teriam invadido os sistemas da empresa entre janeiro e março; o código-fonte vazado chegou ao BetaArchive no final de março. Whyman, do BetaArchive, acredita que os dois incidentes não são relacionados.

Os dados vazados já não estão mais no repositório; Whyman diz ao The Verge que “nós removemos o arquivo sob nossa própria decisão”, sem solicitação da Microsoft.

Com informações: Ars Technica, The Verge, SlashGear.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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