Assinaturas do Office 365 ultrapassam vendas tradicionais pela primeira vez

Felipe Ventura
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• Atualizado há 1 semana

Empresas como Microsoft e Adobe migraram suas principais suítes de software para um modelo de assinatura. No passado, parecia estranha a ideia de pagar um valor mensal para usar o Office, por exemplo; hoje, isso é cada vez mais comum.

A Microsoft divulgou os resultados financeiros para o segundo trimestre e, pela primeira vez, ela obteve mais receita das assinaturas do Office 365 que do licenciamento tradicional do Office.

A receita do Office 365 para empresas aumentou 43% em relação ao ano passado; enquanto isso, o faturamento de licenças permanentes caiu 17%. Quanto a consumidores, o número de assinantes cresceu para 27 milhões.

Essa transição do Office foi bem-sucedida, mas levou algum tempo — começando em 2011 — e recebeu uma boa dose de ceticismo. Afinal, por que alguém iria alugar um software, em vez de comprá-lo?

Há alguns bons motivos. Certas empresas gastam menos por funcionário se assinarem o Office 365, em relação a comprar uma licença definitiva — caso elas tenham um número flutuante de usuários, por exemplo, ou só precisem do software provisoriamente.

Além disso, com a assinatura, os usuários sempre estão na versão mais recente, reduzindo incompatibilidades e trazendo mais novidades. E a Microsoft vem adicionando recursos ao Office todo mês: isso inclui colaboração em tempo real no Excel, salvamento automático de arquivos, e transições profissionais entre slides no PowerPoint.

Claro, assinar software não é para todo mundo. Eu uso o Office 2013 em um computador, e o Office 2010 em outro — é um pacote com três licenças (mais uma para o Office 2013) que comprei em uma Black Friday. Não vejo sentido, para mim, em atualizar e migrar para um plano mensal. Mas, para a Microsoft, lançar o Office 365 claramente foi uma boa ideia.

A Microsoft teve receita de US$ 23,3 bilhões, aumento de 13% em relação ao ano passado; e lucro líquido de US$ 6,5 bilhões, alta de 109%. O resultado foi puxado pelo bom desempenho do Azure, plataforma de computação na nuvem; e pelo Office.

Com informações: Axios, Ars Technica.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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