O Google começou a desenvolver um novo formato de imagem, o Pik. A primeira versão da tecnologia teve seu código-fonte publicado no GitHub, mostrando que os arquivos terão compressão com perdas e serão voltados para a web.

Não é a primeira vez que o Google cria um formato de imagem. A tentativa mais conhecida é o WebP, que promete arquivos sem perda de qualidade por um tamanho 26% menor que o PNG, ou até 34% quando comparado a um JPEG com perdas. Ele não foi exatamente um sucesso, mas funciona (e você talvez não tenha percebido, mas o Tecnoblog carrega imagens em WebP para quem acessa as páginas com o Chrome).

A página do Pik no GitHub não revela muitos detalhes, mas diz que o formato se baseia em JPEG e nas tecnologias Butteraugli e Guetzli. Para quem não se lembra, esse último é um algoritmo que reduz o tamanho dos JPEGs em até 35% sem prejudicar a qualidade da imagem — inclusive, o resultado pode ser até melhor que o JPEG em algumas ocasiões.

O único problema é que o Guetzli ainda leva muito tempo para comprimir uma imagem (na casa dos 10 ou 20 minutos por arquivo, caso seu processador seja bom); em compensação, a descompressão é quase tão rápida quanto no JPEG. Por isso, pode demorar um tempo até que vejamos as primeiras imagens no formato Pik na web.

Você pode conferir os detalhes do Pik no GitHub. O projeto é desenvolvido por engenheiros do Google, mas ainda está na primeira versão e não é considerado um produto oficial da empresa — então não é uma boa ideia comprimir arquivos importantes com ele.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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