Samsung tira liderança de 24 anos da Intel e se torna maior fabricante de chips do mundo

Intel era líder no mercado de semicondutores desde o lançamento dos processadores Pentium

Paulo Higa
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• Atualizado há 5 meses

A Intel não é mais a maior fabricante de chips do mundo. Depois de 24 anos na liderança, a empresa foi oficialmente ultrapassada pela Samsung em receita de vendas de semicondutores, como já previam os analistas.

As duas empresas divulgaram seus resultados financeiros nesta semana. A divisão de semicondutores da Samsung teve receita de US$ 15,8 bilhões no segundo trimestre de 2017, enquanto a Intel ficou com US$ 14,8 bilhões. Como informa a Associated Press, se os preços de chips se mantiverem, a Samsung Semiconductor também deve ficar à frente da criadora do Pentium em receita anual.

A liderança da Intel no mercado de chips vinha desde 1993, quando a empresa lançou os processadores Pentium e desbancou a japonesa NEC. Naquele ano, a Samsung ocupava a modesta sétima posição. Os coreanos pularam para o quarto lugar em 2006 e estavam na vice-liderança desde 2006.

Não é difícil entender o motivo: enquanto as vendas de processadores para PCs caem, o mercado de chips DRAM está crescendo, já que eles são utilizados nas memórias que equipam smartphones, relógios e qualquer outro gadget. Além disso, a Samsung Semiconductor está sendo impulsionada pelo bom momento da Samsung Mobile e de parcerias com outras empresas, como a Qualcomm, fabricando o Snapdragon 835.

E os próximos meses não serão nada fáceis para a Intel, pelo visto: a empresa voltou a ter uma concorrência de verdade no mercado de processadores para PCs, com o lançamento dos AMD Ryzen; e pela primeira vez em anos deve enfrentar uma nova empresa, a Qualcomm, que planeja colocar seus chips Snapdragon 835 em computadores com Windows 10.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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