China e Rússia têm um histórico de banir websites que questionem a autoridade do governo. É possível driblar o bloqueio usando VPNs mas, este ano, os dois países adotaram medidas para restringir essas ferramentas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou uma lei que proíbe o uso de VPNs e proxies para acessar sites banidos. A partir de 1º de novembro, os provedores de internet terão que bloquear os sites que hospedam essas ferramentas.

O governo russo diz que isso vai impedir a disseminação de conteúdo extremista. Outro efeito, é claro, será impedir que a população veja notícias que critiquem Putin e seus aliados. O país vai realizar eleições presidenciais em março.

Enquanto isso, a China vem aplicando uma regra aprovada em janeiro, exigindo que todas as VPNs recebam autorização do governo — basicamente banindo as ferramentas mais usadas no país. Serviços locais, como GreenVPN e Haibei VPN, tiveram que fechar as portas.

Até mesmo serviços baseados no exterior estão sendo perseguidos. ExpressVPN e Star VPN foram retirados da App Store local, e os desenvolvedores receberam um e-mail dizendo que isso aconteceu porque eles “incluem conteúdo que é ilegal na China”. A Apple diz em comunicado: “fomos obrigados a remover alguns aplicativos VPN na China que não atendem ao novo regulamento”.

Os motivos aqui também são políticos. O Partido Comunista Chinês fará um congresso para definir seus líderes em alguns meses, e o governo procura manter a estabilidade no país a qualquer custo, banindo notícias sobre acusações de corrupção e sobre dissidentes.

Com o “Grande Firewall”, a China bloqueia redes sociais como Facebook, Twitter e YouTube; sites de notícias como Reuters, Bloomberg e New York Times; e serviços de mensagens como FB Messenger, Telegram e parte do WhatsApp.

Com informações: TechCrunch, Engadget.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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