Hands-on: Moto Z2 Force é rápido, resistente e insiste na ideia de módulos

Felipe Ventura
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• Atualizado há 10 meses

Parece que a Motorola está tendo algum êxito com a linha Moto Z: em um evento hoje em São Paulo, a fabricante disse que cresceu seis vezes no segmento premium de smartphones.

Desta vez, ela está apostando no mercado de smartphones acima dos R$ 2 mil com o Moto Z2 Force. Ele traz uma tela “inquebrável”, vem com especificações top de linha, e insiste na ideia de módulos. Eis as nossas primeiras impressões.

A tela Quad-HD de 5,5 polegadas tem cores mais vivas graças ao display POLED, que a torna resistente a quedas. Um funcionário da Motorola derrubou o aparelho seguidas vezes, sem grandes danos aparentes. No entanto, vale lembrar que a tela é de plástico e por isso risca fácil.

O desempenho é consistentemente rápido, graças ao processador Snapdragon 835, e é possível manter vários apps abertos com os 6 GB de RAM.

O corpo é feito de alumínio série 7000, mais resistente, e tem um visual fosco na traseira que não me agradou muito (eu prefiro a combinação de vidro e metal no Moto Z). Não há entrada tradicional para fone de ouvido, apenas a porta USB Type-C.

A câmera traseira é dupla, e aqui temos um sensor colorido e outro monocromático — ambos têm 12 megapixels. A Motorola diz que isso ajuda a melhorar o alcance dinâmico e a nitidez das fotos.

Graças ao sensor monocromático, você pode tirar fotos preto-e-branco sem aplicar filtros. O sensor duplo também permite usar efeitos de profundidade, tal como no Moto G5 Plus.

Eu testei o efeito de borrar o plano de fundo com uma pessoa na frente de assentos vermelhos no Auditório Ibirapuera, onde foi realizado o evento. A câmera reconheceu bem o plano de fundo, mas acabou desfocando a cabeça do indivíduo:

Moto Snaps

No evento, também tivemos a oportunidade de experimentar novos Moto Snaps. Um deles é o gamepad: ele se encaixa magneticamente em qualquer smartphone da linha Moto Z, e tem botões direcionais, analógicos, A/B/X/Y e mais para você controlar seus jogos.

Ele é bem comprido, então pode ser um pouco estranho jogar nele. O acessório não é dobrável, então vai ocupar algum espaço na sua mochila. Ele tem bateria própria, mais porta USB para carregamento e entrada para fone de ouvido na parte inferior.

Quando você encaixa o gamepad, o smartphone sugere que você instale o Moto Game Explorer, com sugestões de jogos compatíveis. O desenvolvedor não precisa adaptar seus jogos especificamente para o Moto Snap: se ele for compatível com joysticks, será compatível com este gamepad.

É possível controlar a interface do Android com o gamepad, mas apenas parcialmente. Você alterna entre elementos com os controles direcionais; seleciona-os com o botão A ou Y; e volta à tela anterior com o botão B. Há um botão Home no canto inferior esquerdo. Nem todo app tem suporte a esses controles, no entanto.

O outro destaque é a câmera de 360 graus. Trata-se de uma capa que se encaixa magneticamente a dispositivos da linha Moto Z, com as duas lentes sobressaindo na parte superior.

Neste Moto Snap, o logotipo da Motorola é um botão físico que você pressiona para tirar fotos. O app da câmera já precisa estar aberto, no entanto. Ele pode tirar fotos e gravar vídeos em 360 graus, e também capturar imagens de ângulo ultra-amplo.

Para ser sincero, a ideia de módulos ainda não me convence. Por que comprar uma câmera de 360 graus que só pode ser usada com uma marca de smartphone? Por que comprar um gamepad enorme para celular, quando você pode usar um controle Bluetooth que serve para seu console? Eu só consigo entender o Snap de bateria (inclusive tenho um), que compensa os poucos 2.730 mAh no Z2 Force.

O Moto Z2 Force custa R$ 2.999 sem módulos, e vem apenas na cor preto ônix. O Moto GamePad e o Moto 360 Camera chegarão ao Brasil no final de setembro, ainda sem preço definido.

O país também vai receber Style Shells com estilos diferentes, como na foto abaixo. Segundo a Motorola, mais de 50% de usuários da linha Moto Z no Brasil possuem pelo menos um Moto Snap.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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