Intel desiste do WiGig para laptops, e migra tecnologia para headsets VR sem fio

Felipe Ventura
Por
• Atualizado há 1 semana
802.11ad - Qualcomm

Há alguns anos, a Intel prometia um futuro com menos fios, graças a uma tecnologia que transmite dados em alta velocidade por distâncias curtas. Com o WiGig, você poderia aproximar seu laptop de um monitor compatível e criar uma conexão instantânea entre os dois.

A ideia é bacana, mas nunca vingou. Por isso, a Intel anunciou que deixará de vender controladores e antenas WiGig para laptops. Em vez disso, ela vai “concentrar seus esforços” em componentes para realidade virtual.

O WiGig, também conhecido como 802.11ad, funciona na frequência de 60 GHz e atinge velocidades de 7 a 8 gigabits por segundo. Em contrapartida, ela tem alcance máximo de 10 metros e não consegue atravessar obstáculos, como paredes.

A ideia da Intel era dispensar cabos para conectar telas e dispositivos móveis. Você aproximaria um laptop/tablet compatível a um monitor, e ele exibiria a imagem do seu dispositivo. No entanto, as fabricantes simplesmente continuaram adotando cabos, que oferecem velocidades mais altas — 10 Gb/s no caso do USB Type-C, e 40 Gb/s no caso do Thunderbolt 3.

No entanto, o WiGig pode ter espaço na realidade virtual: a próxima fronteira desse mercado são os headsets sem fio. A Oculus (do Facebook) está trabalhando nisso, assim como Google e Samsung. Este ano, a Intel demonstrou uma versão wireless do HTC Vive com 802.11ad; outras empresas de VR também estão usando essa tecnologia.

Com informações: AnandTech.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

Relacionados