Por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), o governo do Estado de São Paulo lançou, na terça-feira (19), o edital da licitação das linhas de ônibus que ligam as 38 cidades da região metropolitana. Uma das exigências é a de os veículos do sistema disponibilizem rede Wi-Fi aos passageiros. A notícia é boa, mas o prazo para implementação é longo: dez anos.
A oferta de acesso à internet é relativamente comum nos veículos de empresas que operam serviços de transporte rodoviário de passageiros, ou seja, em “ônibus de viagem”. Nos serviços de transporte urbano ou metropolitano, a disponibilidade de redes Wi-Fi também existe, mas é mais tímida. A cidade de São Paulo, por exemplo, possui esse tipo de conveniência, mas apenas em alguns dos ônibus mais novos.
Com a licitação, o governo espera melhorar a qualidade de serviço das mais de 550 linhas de transporte intermunicipal da região metropolitana, atendidas atualmente por uma frota com pouco mais de 4,5 mil ônibus. As empresas que entrarem no sistema poderão explorar a concessão por um prazo de 15 anos.
Vários requisitos deverão ser cumpridos pelas companhias ou consórcios que vencerem a licitação. No que diz respeito aos veículos, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitano coloca o Wi-Fi como item obrigatório das características de conforto. No entanto, esse é um recurso que pode ser implementado gradualmente: as empresas terão dez anos para ter 100% da frota equipada com rede Wi-Fi.
Outros itens de conforto incluem ar condicionado em pelo menos 70% da frota e câmbio automático em 20% dos veículos, também no prazo de dez anos. Essas características serão verificadas anualmente durante a vistoria obrigatória dos ônibus.
Note, porém, que os parâmetros técnicos das redes Wi-Fi não foram determinados. Ainda não está claro, por exemplo, qual a velocidade mínima da conexão ou quantos usuários cada rede deve suportar.
As linhas de ônibus da EMTU são utilizadas diariamente por dois milhões de pessoas. Os vencedores da licitação serão definidos em novembro.
Comentários
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Também sou da opinião de que ter ônibus seria melhor.
Se for pra colocar algo, que coloquem mais ônibus.
Não sei se é impressão só minha, mas parece haver menos ônibus agora do que há seis meses.
Todos já saem lotados do ponto de partida na linha 580 Soberana-Armenia.
Pra variar, é culpa do Estado que quer regulamentar tudo. Mesma coisa de táxi, onde tem presença excessiva do Estado, tem burocracia, custo alto devido aos impostos e baixa qualidade do serviço. Só quem melhora e barateia serviços é a concorrência da iniciativa privada em um mercado realmente livre.
Ninguém faz isso de caridade. Se tem transporte coletivo irregular é porque o autorizado é incompetente.
O pior é a mídia (e obviamente o estado) chamando estes onibus de "clandestino".
https://g1.globo.com/pr/par...
Deveria existir apenas regras básicas neste caso, como carteira D, e revisão obrigatória no Onibus.
A qualidade só seria pior se não tivesse competição com outra empresa. Competição é a palavra chave. Se você quer lucrar, ou você faz mais barato ou faz melhor. Mas chega um ponto que ser mais barato não é possível (por isso empresa sempre tenta ser mais eficiente, para diminuir custos e poder competir ainda mais com outras empresas), e sobra ser melhor. Mesmo com os problemas do Uber, é um bom exemplo Uber x Cabify x Taxi.
Só lembrando que, há casos em que é "totalmente estatal" em que os onibus são péssimos também.
Exatamente para isso que o Cadê deveria servir né? Não deixar existir cartel.
Só lembrando que as atuais regulações também dá espaço para as empresas criarem carteis, não que justifique, claro.
Sobre o Uber, posso dar uma experiência de onde moro. Os preços sobem pois eles fazem isso, mas dai a maioria espera a tarifa dinâmica baixar e dai pedem quando tá baixo. O interessante é que na minha cidade mesmo com tarifa dinâmica, fica mais barato que Taxi.
Não privatizar!? E, mesmo privatizando, não conceder por anos e anos.
Uma mudança importante no transporte público rodoviário é abrir o mercado para autônomos, da mesma forma que a Uber abriu o mercado de táxis. Algumas empresas de ônibus parecem ignorar os pontos de alta demanda. Percebendo isso, um motorista autônomo poderia transportar o excedente cobrando o preço tabelado, quem sabe até oferecendo um serviço melhor.
se tiver internet de graça pra ficar no facebook ou no whatsapp o povo esquece que vai ficar 1 hr esperando o ônibus passar, esquece a superlotação e esquece que os ônibus são tão velhos que se corre o risco de pegar tétano em alguma lataria solta dentro do ônibus
Muita gente reclama
Wifi pública já é lerda a passo de tartaruga, e ainda quer conectar a VPN?? kkkkkkkkk
Em SP eu não posso reclamar disso, apesar do trânsito constante
Até poderia ter alguma regulamentação, mas que deveria ser "livre", sim. Algo que já deveria ser é taxi. Não tem necessidade da prefeitura mandar nisso...
Enquanto os trôxa ficam virados no uai-fai de grátis, a viagem leva 2, 3, 4 horas, no aperto, no sarra-sarra e ninguém reclama, acha lindo, moderno...
Aqui quase toda a frota em Londrina tem Wifi, mas usam a rede da Claro (com tudo ilimitado), o problema é que não é como se a Claro fosse boa aqui né...
"As empresas que entrarem no sistema poderão explorar a concessão por um prazo de 15 anos."
Quer dizer: e as empresas que entrarem no "esquema" undercover vão poder se beneficiar de um modelo mais moderno de propinagem... sob a égide da implantação de um recurso de tão baixa prioridade/necessidade.
Ar condicionado? Méh!
E quando colocarem, se não botaram nenhum requisito de qualidade, são capazes de comprar um Vivo Box usado no Mercado Livre que não vai ter metade das bandas LTE em uso daqui 10 anos e vai estar completamente congestionado.
A frota nem tem um bom reparo mecânico, quanto mais
VPN
O mágico mundo das concessões... "O capitalismo evoluiporque as empresas competem entre si", daí tu pega um serviço e deixa nas mãos da empresa com garantia de nenhuma concorrência por 10 a 30 anos.
Ou seja, nos primeiros anos de serviço vai continuar sendo um pau de arara, visto que, aparentemente (só a licitação vai esclarecer) não há obrigação técnica em fornecer nada logo de cara. Ar condicionado em um país como o Brasil deveria ser mandatório em 100% da frota.
Se as poucas linhas que têm pra manter, tão há quase um ano com o roteador ligado com o servidor desligado... Imagina a manutenção com varias linhas.
a maioria dos usuários do sistema EMTU preferem ter ônibus. falou tudo kkkkk
Dane se o Wifi. Ar condicionado e cambio automatico ou cvt deveriam ser prioridade.
Até é bacana ter wifi nos ônibus, mas creio eu que a maioria dos usuários do sistema EMTU preferem ter ônibus.
Um exemplo é a linha 323 que liga São Paulo a Santo André, onde o ônibus mais novo é de 1997.
Dos 10 ônibus da linha, geralmente 3 ou 4 estão funcionando e as quebras são diárias.
Tomara que além do wifi, a licitação exija ônibus em melhores condições também.
Com o preço da passagem destes ônibus EMTU deveria ter até frigobar.
E as lotações continuam
Wifi ok, mas ar é prioridade né, haha.