Ele não tem recursos avançados e, para o que oferece, é considerado caro. Mas o novo Nokia 3310 conseguiu atrair as atenções graças ao seu poder nostálgico. O modelo vai até ganhar uma atualização: a HMD (companhia responsável pela fabricação) anunciou, nesta quinta-feira (28), uma versão do Nokia 3310 com 3G, mais espaço para dados e nova opção de cor.

O aparelho sai de fábrica com aplicativos para Twitter, Facebook e navegação web (Opera), por exemplo. Mas a tela com 2,4 polegadas e resolução de 320×240 pixels não é o item que mais atrapalha o uso desses apps. O dispositivo só suporta redes 2G. É aí que está a principal limitação.

Esse problema foi corrigido com o acréscimo de conectividade 3G na versão atualizada. Mas, como esse tipo de rede implica em mais consumo de energia, a bateria do novo Nokia 3310, de 1.200 mAh, teve a sua autonomia reduzida de 22 horas em conversação para 6,5 horas.

Também há um pouco mais de armazenamento interno: 64 MB (contra 16 MB da versão anterior) que podem ser expandidos com microSD de até 32 GB. Houve ainda mudanças nas dimensões, mas discretas: a HMD afirma que o Nokia 3310 3G é um pouco maior para ajudar na ergonomia — agora há mais espaço entre as teclas.

Nos traços de design, praticamente não há novidades. Talvez o único detalhe digno de nota na parte visual é a disponibilidade de uma versão com corpo azul claro que entra no lugar da opção cinza.

Seria muito interessante (e útil) se a HMD aproveitasse o espaço adicional de armazenamento e o suporte a redes 3G para incluir uma versão simplificada do WhatsApp no Nokia 3310. Mas, com relação ao software, houve uma renovação da interface, basicamente. O resto pouco ou nada muda (sim, o jogo da cobrinha ainda está lá). Não há nenhum sinal de que a compatibilidade com o serviço de mensagens chegará em breve.

A atualização é bem-vinda, mas tem um custo: o Nokia 3310 3G é € 20 mais caro que a versão só com 2G, ou seja, sai por € 69. A edição atualizada será lançada inicialmente na Austrália em outubro (suporte a 3G é necessário no país), mas também deverá ser disponibilizada em outros países, inclusive nos Estados Unidos (também não dá para usar só 2G por lá). Sobre o Brasil, porém, não há informação.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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