A tecnologia iDEN é praticamente uma marca registrada da Nextel: ela existe no Brasil desde que a empresa iniciou suas operações por aqui, em 1997. Mas o rádio acabou sendo deixado para trás com a migração para dados móveis, e a operadora decidiu desativar todas as redes iDEN no país em 31 de março de 2018.

A Nextel enviou um comunicado aos clientes afirmando que “o surgimento de novas tecnologias fez com que o serviço [de rádio] perdesse a atratividade perante os usuários e os provedores de insumos”. Por isso, a empresa vai migrar seus assinantes que (ainda) estão no rádio para a rede GSM, com 3G e 4G.

O iDEN esbarra na disponibilidade de smartphones compatíveis com a rede: trata-se de uma tecnologia proprietária da Motorola, e nem mesmo a fabricante está produzindo novos aparelhos no Brasil. Diz a Nextel: “Devido ao baixo estoque de novos equipamentos disponíveis no mercado, a única forma de continuarmos a oferecê-los aos nossos clientes é por meio de recondicionamento”.

Por isso, uma das soluções que a Nextel encontrou para disponibilizar o serviço de “rádio” em smartphones comuns foi o aplicativo PRIP, que permite enviar mensagens de voz e fazer chamadas ilimitadas, inclusive em grupo — na prática, é uma espécie de WhatsApp da Nextel. O aplicativo continuará disponível para os clientes da operadora.

O curioso é que os números de telefone devem mudar com a transição: como o rádio da Nextel se enquadrava na categoria de Serviço Móvel Especializado (SME), os clientes não ganharam o nono dígito, que valia apenas para o Serviço Móvel Pessoal (SMP).

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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