O que fazer com smartphones velhos, mas que ainda têm condições de uso? A Samsung possui um programa chamado Upcycling que estimula o desenvolvimento de aplicações baseadas em aparelhos fora de uso. Um dos projetos apresentados recentemente faz o Galaxy S5 — o topo de linha da marca em 2014 — minerar bitcoins (ou outra criptomoeda). Só não é fácil replicar a ideia: 40 unidades do modelo foram usadas.

Minerar bitcoins consiste, essencialmente, em processar informações que fazem parte do blockchain — o livro que registra todas as transações da criptomoeda. Essa atividade é recompensada com cotas da própria moeda digital. O problema é que esse é um procedimento complexo e que exige muito hardware, razão pela qual é difícil obter ganhos com mineração atualmente.

A C-Lab, time de engenheiros responsável por projetos criativos dentro da Samsung, não apresentou o trabalho como uma solução de mineração comprovadamente rentável. Mas os testes sugerem que, com os devidos refinamentos, a ideia pode realmente se tornar viável.

Basicamente, o pessoal da C-Lab montou uma espécie de hub em formato de torre e colocou as 40 unidades usadas do Galaxy S5 ali. No entanto, o ingrediente mais importante da invenção é um software desenvolvido especificamente para interconectar os aparelhos e realizar mineração.

Como as informações são escassas, não está claro como o sistema funciona, mas uma placa próxima ao equipamento informava que cada grupo de oitos unidades do Galaxy S5 tinha mais eficiência energética na mineração do que um desktop com processador Core i7-2600 — não que desktops sejam indicados para esse fim; hoje, a mineração é praticamente uma atividade em “escala industrial”.

Galaxy S3 - aquário

De todo modo, a Samsung fala em liberar publicamente o software deste e de outros projetos de reutilização de smartphones. Entre as demais ideias apresentadas no Upcycling estão um tablet Galaxy Tab transformado em uma espécie de laptop com Ubuntu e um Galaxy S3 que virou monitor de aquário.

Com informações: Motherboard

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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