Ônibus autônomo entra em operação e sofre acidente na primeira hora de serviço

Culpa humana, obviamente

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

Las Vegas ganhou um serviço de ônibus autônomo para transportar passageiros no centro da cidade. O veículo sem motorista estava sendo testado desde o começo de 2017 e foi liberado gratuitamente para a população nesta quarta-feira (8). Mas o dia do lançamento não foi dos melhores: ele sofreu um pequeno acidente logo na primeira hora de serviço.

Para a prefeitura de Las Vegas, a culpa foi humana. “O transporte autônomo estava sendo testado hoje quando sofreu um raspão de um caminhão de entrega no centro da cidade”, diz um representante, acrescentando que o veículo “fez o que deveria fazer”, freando para evitar o acidente assim que os sensores detectaram o caminhão.

Nenhum dos oito passageiros se feriu, nem o motorista do caminhão. Mas a parte frontal do ônibus autônomo ficou danificada, o que tirou o veículo de serviço pelo resto do dia. Ainda assim, os testes com a tecnologia continuarão durante o período previsto, de 12 meses.

O veículo é produzido pela startup francesa Navya e operado pela empresa de transporte privado Keolis, também da França. Ele tem capacidade para 15 passageiros, percorre um circuito de 1 km no centro de Las Vegas e pode atingir velocidade de até 45 km/h, embora tipicamente circule a 25 km/h.

Fica claro que o motorista do caminhão foi imprudente, mas o acidente deixa algumas dúvidas no ar: será que apenas frear é suficiente para um veículo autônomo? Será que o ônibus não poderia dar ré para evitar o raspão com o caminhão? Será que deveríamos proibir homo sapiens de ficarem atrás de um volante?

Com informações: The Verge, BBC.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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