Sabemos que o Telegram está se preparando para lançar sua própria criptomoeda, chamada Gram. Agora, o TechCrunch tem mais detalhes sobre o projeto — que pretende arrecadar US$ 1,2 bilhão no total.

Isso será feito através de um ICO (oferta inicial de moedas), algo semelhante ao lançamento de ações na bolsa de valores. Normalmente, isso é feito através de tokens operando no Ethereum, mas não é esse o caminho que o Telegram quer seguir.

Em vez disso, eles querem criar uma plataforma própria de blockchain para rivalizar com o Ethereum e hospedar uma nova onda de serviços descentralizados. O ICO é o primeiro passo desse projeto, chamado Telegram Open Network (TON).

O Telegram planeja arrecadar um total de US$ 1,2 bilhão, começando com uma pré-venda de US$ 600 milhões para pessoas próximas aos executivos da empresa e para investidores de capital de risco. Essa primeira etapa ocorre entre janeiro e fevereiro, e será exclusiva para convidados.

Após a pré-venda, o Telegram planeja realizar uma venda pública em março, abrindo as portas para mais investidores. Nesta etapa, eles preveem arrecadar mais US$ 600 milhões.

Curiosamente, os investidores só terão acesso às moedas em dezembro, com o lançamento da Telegram Wallet. O Gram será listado em casas de câmbio no primeiro trimestre de 2019 — então será possível vendê-la.

Até 2021, o Telegram planeja renomear a TON para ON, retirando seu nome do projeto. “O Telegram servirá como plataforma de lançamento para a TON, garantindo sua superioridade tecnológica e ampla adoção nas etapas iniciais, mas seu futuro está nas mãos da comunidade global de código aberto”, diz a empresa.

Foto por Microsiervos Geek Crew/Flickr

Serão emitidas cinco bilhões de unidades da criptomoeda Gram, a serem distribuídas da seguinte forma:

  • 10% serão usados como incentivos para desenvolvedores na plataforma;
  • 4% vão remunerar a equipe de desenvolvedores;
  • 42% ficarão retidos com a TON Reserve durante os estágios iniciais, a fim de “proteger a criptomoeda nascente do comércio especulativo e manter a flexibilidade”;
  • 44% poderão ser negociados livremente.

O Telegram prevê quatro usos para sua blockchain: armazenamento distribuído de arquivos, semelhante a serviços como Dropcoin; um serviço de proxy para criar serviços de VPN descentralizados; serviços para apps descentralizados; e pagamentos por microtransações.

Em outubro de 2017, o Telegram atingiu 170 milhões de usuários mensais, enviando 70 bilhões de mensagens por dia. O app deve atingir 200 milhões de usuários no primeiro trimestre de 2018.

Com informações: TechCrunch.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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