Inteligência artificial

Em um futuro não muito longe, você vai conseguir esclarecer qualquer dúvida nos serviços online da Alibaba simplesmente interagindo com um chatbot. Pelo menos é o que a gente pode imaginar com o mais recente avanço do grupo chinês: um sistema de inteligência artificial da Alibaba conseguiu vencer os humanos em um teste de compreensão de textos. Um algoritmo da Microsoft também.

O teste em questão é conhecido como SQuAD (Stanford Question Answering Dataset) e corresponde a uma base de dados com mais de 100 mil perguntas e respostas baseadas em cerca de 500 textos da Wikipedia. Esse é um dos testes de leitura e compreensão mais respeitados do mundo, tanto que é usado por gigantes de tecnologia do mundo todo.

Baseado em redes neurais profundas, o algoritmo de inteligência artificial da Alibaba conseguiu, no último dia 5, alcançar 82,440 pontos (de 100) no teste, superando os humanos: o máximo que uma pessoa real já obteve foram 82,304 pontos.

Dois dias antes, um algoritmo de inteligência artificial da Microsoft já havia conseguido superar os humanos no teste: foram 82,650 pontos. No atual ranking do SQuAD, Alibaba e Microsoft estão tecnicamente empatadas no primeiro lugar, consequentemente.

A Alibaba pretende usar a capacidade de leitura da sua inteligência artificial para gerar respostas precisas e automáticas às interações dos usuários dos seus serviços em chats, emails e afins. Mas o grupo também vê valor comercial na tecnologia: ela pode ser usada para esclarecer dúvidas em sites de serviços de saúde ou explicar acervos de museus, por exemplo.

Satya Nadella
Satya Nadella

Já a Microsoft acredita que o algoritmo vai ajudar nas interações com o Bing e a assistente Cortana, mas também vê a tecnologia sendo empregada para resolver problemas específicos, como ajudar advogados ou médicos a encontrar informações complexas em grandes manuais.

Mas isso não quer dizer que a inteligência artificial já consegue ser efetivamente melhor que os humanos na leitura e interpretação de textos. Apesar dos avanços, a capacidade dos sistemas de interpretar contexto ou lidar com ambiguidade, por exemplo, ainda é muito limitada.

Com informações: Bloomberg.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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