Apple Arcade ou Google Play Pass; qual a melhor assinatura de jogos?

Qual assinatura de jogos é melhor: Apple Arcade ou Google Play Pass? Confira o comparativo e os benefícios de cada plataforma

Lucas Lima
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• Atualizado há 5 meses
Comparativo: Apple Arcade ou Google Play Pass (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Comparativo: Apple Arcade ou Google Play Pass (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Apple Arcade e Google Play Pass foram anunciados em 2019 como um serviço de assinatura para jogos (apesar do Play Pass ir além disso) em dispositivos móveis: celulares e tablets. Qual dos serviços é a melhor opção, qual o benefício das duas plataformas, confira os detalhes no comparativo abaixo.

Qual assinatura de jogos escolher?

Se você estiver interessado no Google Play Pass ou no Apple Arcade, pense primeiro em que dispositivo gostaria de jogar: no iOS (iPhone ou iPad), no Mac, na Apple TV ou no Android (seja celular ou tablet).

Caso tenha apenas um desses sistemas à disposição ou tem preferência em qual dos aparelhos jogar (em um iPad ou em um celular Android, por exemplo), não há dúvida sobre o qual escolher.

Não é possível assinar o Apple Arcade no Android como também não dá para assinar o Play Pass no iOS. Os aplicativos ainda continuam separados e compatíveis com a plataforma para a qual foram desenvolvidos, não funciona como um serviço de streaming.

Preço e compatibilidade

O Apple Arcade chegou ao Brasil por uma mensalidade de R$ 9,90 no plano familiar, ou seja, é possível conectar até seis pessoas na mesma assinatura, sem pagar mais. O serviço da Apple pode ser jogado no iPhone, iPad, iPod touch, Mac ou na Apple TV.

Além disso, a Apple oferece um modelo de assinatura conjunta: o Apple One. No serviço, é possível assinar o Apple Music, Apple TV+, Apple Arcade e iCloud por R$ 26,50/mês, o que pode valer a pena para alguns usuários.

Para quem deseja ter um plano familiar, o preço sobe para R$ 37,90/mês, sendo possível compartilhar com até cinco pessoas.

Do outro lado, o Google Play Pass foi lançado no Brasil em dezembro de 2020, no mesmo valor de R$ 9,90 na adesão mensal ou R$ 89,99 no plano anual. Uma mesma assinatura pode ser divida entre seis pessoas pela Biblioteca da Família da Play Store.

O serviço do Google é compatível com dispositivos Android 4.4 e superiores, seja em smartphones ou tablets.

Resumindo:

 Apple ArcadeGoogle Play Pass
MensalidadeR$ 9,90R$ 9,99
Plano familiarSim, até 6 pessoasSim, até 6 pessoas
CompatibilidadeiPhone, iPad, iPod touch, Mac e Apple TVAndroid 4.4 ou superior

É possível que as mensalidades se igualem quando o Google Play Pass chegar ao Brasil, considerando que o Apple Arcade cobra o mesmo valor lá fora.

Por enquanto, acaba sendo uma assinatura um tanto cara, pela conversão para o dólar e as taxas de IOF no cartão de crédito, por se tratar de uma compra em moeda estrangeira.

Quantidade de jogos

É aí que começa a fazer diferença nos serviços. O Apple Arcade trouxe, no lançamento, pelo menos 100 jogos exclusivos, enquanto o Play Pass montou um pacote com 650 jogos e aplicativos que já estavam na Play Store. Ambos prometem novas adições aos respectivos catálogos.

Esses apps disponíveis no serviço do Google não têm exclusividade e podem ser baixados a qualquer momento na Play Store por quem não assina o Play Pass, desde que o usuário pague o valor do download deles. Alguns ainda são gratuitos, mas contam com propagandas e compras dentro do app.

Google Play Pass (Imagem: Lucas Lima/Tecnoblog)
Google Play Pass (Imagem: Lucas Lima/Tecnoblog)

Os jogos do Apple Arcade não podem ser encontrados em nenhuma outra plataforma móvel e não estão disponíveis para compra individual dentro da própria App Store. Como analogia, pense nas séries e filmes originais da Netflix, não tem em nenhum outro lugar.

O Play Pass se mostra mais como uma assinatura que remove propagandas, bem como é o YouTube Premium. Claro que, para quem gasta muito dinheiro na Play Store, a mensalidade deve compensar.

Há de se considerar mais uma coisa: a Apple não tem um console focado apenas em games, mas vários dispositivos que poderiam recebê-los. Do outro lado, o Google lançou o Stadia, uma plataforma de streaming de jogos até no celular, então é de se esperar que, nesse primeiro momento, os esforços da empresa estejam focados nesse serviço.

Compras, curadoria e jogabilidade

Compras ou propagandas dentro dos apps

Nas duas plataformas, Apple Arcade ou Play Pass, todos os aplicativos ou jogos são isentos de propaganda e compras internas. O usuário não gasta nada além da mensalidade do serviço e pode baixar todos os apps sem restrição quanto ao número de downloads ou tempo de uso.

Os apps inclusos no serviço do Google têm um ícone do Play Pass para facilitar a identificação (Imagem: Reprodução/Google)
Os apps inclusos no serviço do Google têm um ícone do Play Pass para facilitar a identificação (Imagem: Reprodução/Google)

Controle sem fio para jogar

Para o Apple Arcade, alguns jogos oferecem suporte a um controle sem fio para jogar, seja no iPhone, iPad, iPod touch, Mac ou Apple TV. Para saber se um controle é compatível, basta encontrar o ícone na página do jogo, dentro do Apple Arcade.

Até o momento, os controles compatíveis são:

  • Controle do Xbox com Bluetooth (modelo 1708);
  • DualShock 4 do PlayStation 4;
  • Controles Bluetooth com certificação MFi (Made For iOS) da Apple, como SteelSeries Nimbus e Horipad Ultimate.

Ainda que o Android permita que o usuário também conecte controles Bluetooth, não há uma curadoria para sobre qual jogo terá suporte do desenvolvedor a controles sem fio.

Apple Arcade
Jogos que suportam controle sem fio no Apple Arcade têm uma identificação na página do app

Modo offline

Uma das premissas do Apple Arcade é a possibilidade de baixar os games para jogar online ou offline. De acordo com o site do serviço, apenas alguns títulos no Apple TV requisitam a conexão com a internet.

Como o Google Play Pass não torna os jogos ou aplicativos exclusivos do serviço, não há tal exigência para os desenvolvedores. Portanto, a possibilidade de jogar offline fica a critério de cada título que esteja dentro do pacote de assinatura do Google.

Modo de continuidade

Parar de jogar em um dispositivo e continuar, do mesmo ponto em que parou, em outro. Esse é outro recurso incluso no Apple Arcade, desde que os dois dispositivos tenham o título no catálogo.

Apple Arcade (Imagem: Divulgação/Apple)
Apple Arcade (Imagem: Divulgação/Apple)

O Google Play Pass, no entanto, não consegue entregar esta funcionalidade por enquanto, visto que são várias fabricantes e modelos de Android disponíveis no mercado. Desenvolver uma solução para integrar todos esses aparelhos, permitindo que compartilhem dados de aplicativos em tempo real, não é impossível, mas está longe de se tornar real na plataforma.

A solução, no caso do Android, partiria do desenvolvedor: criar um sistema de conta no jogo, com dados em nuvem, para que a pessoa faça login em outro dispositivo e continue com a mesma progressão. Algo que já acontece em títulos como Clash Royale.

Conclusão

Recapitulando o que disse no primeiro tópico: se você tem apenas uma plataforma para jogar (Android ou iOS) não há como escolher entre uma assinatura ou outra sendo que terá apenas uma delas à disposição.

Do contrário, se puder escolher entre os serviços, o Apple Arcade oferece o melhor ambiente focado nos jogos e na jogatina. Ele traz recursos que permitem jogar em qualquer outro dispositivo Apple, online ou offline, jogos exclusivos e novas adições periódicas.

Não quer dizer que o Google Play Pass seja ruim. Para usuários do Android que costumam gastar muito na Play Store, ainda é uma boa escolha. Considerando também que não são apenas jogos que estão incluídos no serviço de assinatura do Google.

Entretanto, se for o caso de escolher entre os dois serviços — para alguém que usa um celular Android e um iPad, ou vice-versa, por exemplo — o Apple Arcade deve trazer uma experiência melhor.

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Lucas Lima

Editor-assistente

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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