iFixit desmonta HomePod: design robusto até demais

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

Como faz com quase todo gadget novo no mercado, o iFixit resolveu desmontar o HomePod, alto-falante da Apple lançado nos Estados Unidos na sexta-feira (9), para descobrir o que havia dentro dele. O resultado: um produto difícil de consertar (algo já esperado) e “construído como um tanque de guerra”.

O HomePod é composto por um processador Apple A8 (o mesmo que equipava o iPhone 6, em 2014) e tem um conjunto de seis microfones, sete tweeters e um woofer de 4 polegadas. Diferente do Amazon Echo e do Google Home, ele tem uma fonte de alimentação interna (o que também o torna mais gordinho que os concorrentes).

O processo de desmanche é bem complicado: eles tiveram que cortar o mesh que cobria o aparelho (só depois descobriram que era possível remover o tecido sem danificá-lo) e derreter adesivos bem fortes próximos aos microfones e sensores de toque. Para acessar o woofer, foi necessário utilizar, ahn… uma serra.

Por dentro, o iFixit encontrou 1 GB de RAM, memória flash NAND de 16 GB da Toshiba para armazenamento de dados; chips da Texas Instruments e Cypress; e um módulo de Bluetooth 5.0 (que não serve para tocar músicas) e Wi-Fi 802.11ac. Há peças para controlar a pressão do ar, evitando distorções no áudio.

O iFixit não conseguiu encontrar um método não destrutivo (leia-se: sem uma serra) de abrir o HomePod, por isso, o índice de reparabilidade, que mede o quão fácil é consertar um produto (quanto maior, melhor), foi de apenas 1/10. Apesar disso, eles elogiam a construção robusta demais do produto, dizendo que “durabilidade não deve ser um problema”.

Tomara, porque o preço para consertar um HomePod é US$ 279 (um novinho em folha custa US$ 349).

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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