Signal

Para Brian Acton, ser cofundador do WhatsApp não basta. O seu objetivo agora é fazer história com outro aplicativo de mensagens instantâneas, o Signal. Para tanto, ele vai investir nada menos que US$ 50 milhões no serviço. A pergunta que fica no ar é: por quê?

O Signal é frequentemente lembrado por quem faz questão de mais segurança na troca de informações. O seu grande atrativo é a criptografia ponta a ponta que, além de chat e voz, protege chamadas de vídeos. A ferramenta ganhou bastante visibilidade em 2015, depois que Edward Snowden revelou a sua predileção por ela.

Desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Open Whisper Systems, o protocolo de criptografia do Signal é considerado por especialistas como um dos mais seguros da atualidade. Não por menos, o mecanismo acabou sendo implementado no WhatsApp e no Facebook Messenger. Até o Skype entrou nessa.

Apesar de ser bastante eficaz e servir de referência para outros serviços de mensagens, o Signal esbarra em uma limitação importante: na comparação com o próprio WhatsApp ou o Facebook Messenger, o seu número de usuários é baixíssimo. A entrada de Brian Acton no projeto pode ajudar a mudar esse cenário.

Acton deixou de vez o WhatsApp em setembro de 2017, quando anunciou a sua saída do Facebook e o objetivo de criar uma organização sem fios lucrativos focada em tecnologias para o bem público.

Essa organização, de fato, foi criada: ao entrar para o novo projeto, Acton também apresentou a Signal Foundation, nas suas palavras, uma entidade que deverá “apoiar, acelerar e ampliar a missão do Signal de tornar a comunicação privada acessível e onipresente”.

Brian Acton
Brian Acton

Brian Acton vai ocupar o posto de presidente executivo da fundação. Mas o seu envolvimento com o Signal vai muito além de um cargo de liderança: como você já sabe, ele está tirando US$ 50 milhões do próprio bolso para fazer o projeto crescer.
É uma soma gigantesca, mas que não deve fazer falta a Acton, pelo menos se considerarmos o valor que o Facebook pagou pelo WhatsApp em 2014: US$ 19 bilhões.

À Wired, ele explicou que, na nova casa, vai trabalhar com transparência, desenvolvimento open source e proteção de dados. “Agora estou em um lugar onde eu posso dedicar parte considerável do meu tempo e recursos para avançar em tecnologias para essas áreas”.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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