Não será mais possível anunciar conteúdos relacionados a criptomoedas, carteiras virtuais ou ofertas iniciais de moedas (ICOs) nas plataformas de publicidade do Google. A medida, que entra em vigor em junho, foi anunciada nesta quarta-feira (14) pela empresa para evitar possíveis danos aos consumidores.

O Google informa que a política de serviços financeiros do AdWords será atualizada para proibir campanhas sobre “criptomoedas e conteúdo relacionado”, o que inclui “ofertas iniciais de moedas, câmbio de criptomoedas, carteiras de criptomoedas e consultoria em criptomoedas”.

A empresa também proibiu publicidade sobre outros produtos financeiros de alto risco, como rolling spot forex e apostas financeiras em taxas de spread, mas anunciantes de alguns países ainda poderão obter uma certificação específica do Google para anunciar no AdWords.

Em nota, o Google diz que “não sabe qual é o futuro das criptomoedas”, mas que já percebe danos aos usuários (como golpes que induzem vítimas a investirem em criptomoedas que supostamente terão valorizações absurdas) e, portanto, é um assunto que a empresa quer “abordar com extrema cautela”.

Essa não é uma medida nova: em janeiro, o Facebook anunciou o banimento de propagandas sobre criptomoedas, porque “existem muitas empresas que anunciam opções binárias, ICOs e criptomoedas e atualmente não operam de boa-fé”. No entanto, alguns anunciantes se utilizam de gambiarras (como escrever “bitcoin” errado) para continuar burlando o sistema do Facebook e do Instagram.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

Relacionados