Foto por Gage Skidmore/Flickr

As tensões entre EUA e China acabaram de aumentar. O governo americano já havia barrado a aquisição da Qualcomm pela Broadcom — que teria ligação com organizações chinesas — e vem dificultando a vida da Huawei.

Desta vez, o presidente Donald Trump anunciou cerca de US$ 60 bilhões em tarifas anuais sobre as importações chinesas. Elas serão aplicadas em 1.300 tipos de produtos diferentes, desde sapatos e roupas até eletrônicos, segundo o New York Times.

“A palavra que quero usar é recíproco”, disse Trump ao anunciar a medida. “Quando eles cobram 25% para um carro entrar, e nós cobramos 2% para o carro deles entrar nos EUA, isso não é bom.” A Casa Branca vai anunciar a lista completa de bens sujeitos às tarifas em até 15 dias.

Como lembra o TechCrunch, as tarifas sobre eletrônicos e outros produtos de alta tecnologia podem fazer os preços aumentarem, tanto para os consumidores quanto para as montadoras.

O ITIC, grupo que representa a indústria de tecnologia nos EUA — incluindo membros como Apple, Google, Facebook e Samsung — diz em comunicado: “continuamos preocupados com o foco do governo nas tarifas. Essas medidas poderiam violar acordos internacionais e, mais importante, punir os consumidores, empresas e trabalhadores dos EUA pelo que a China fez”.

A China é acusada de roubar tecnologia e segredos comerciais. “O que os EUA estão fazendo é se defender estrategicamente da agressão econômica da China”, disse Peter Navarro, diretor do Conselho Nacional de Comércio Exterior da Casa Branca.

Além disso, o Departamento do Tesouro também vai impor restrições a investimentos chineses em empresas de tecnologia nos EUA. A ideia é proteger setores de ponta como redes 5G, inteligência artificial e veículos autônomos.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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