A vida não está fácil para o Uber, mas não parece melhor para os concorrentes: no Cabify, brasileiros que ocupavam cargos de chefia pediram demissão; há dificuldades para levantar investimentos; e a participação de mercado da empresa ainda é pequena no segmento de transporte por aplicativos.

As informações são da revista Exame, que afirma que Fernando Matias, gerente de operações do Cabify no Brasil; e Rafael Felipe Cardoso, diretor de recursos humanos da Maxi Mobility (holding criada após a fusão entre Cabify e Easy), pediram demissão da companhia, sem citar motivos. No mundo, a empresa espanhola demitiu cerca de 10% de seus 1.800 funcionários em janeiro.

Além disso, há dificuldades para levantar investimentos: o plano era arrecadar US$ 500 milhões no início de 2017, mas a empresa só conseguiu pouco mais da metade do valor. Isso limitaria a capacidade do Cabify em oferecer cupons de desconto e afetaria o ritmo de crescimento: a empresa atingiu apenas 3,5 milhões de corridas por mês no auge, em 2017, o equivalente a 5% do volume do Uber no Brasil.

A dupla Cabify e Easy opera em 14 países e possui aproximadamente 13 milhões de usuários em todos os mercados em que atua, o que ainda é pouco quando comparado aos concorrentes: o Uber tem 17 milhões de usuários só no Brasil, enquanto o 99, comprado recentemente pela chinesa Didi Chuxing, acumula 13 milhões de usuários por aqui, segundo o Financial Times.

O Cabify não comenta o caso.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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