Para proteger o usuário de fraudes (e, talvez, evitar problemas com ações judiciais), o Google já havia decidido banir anúncios relacionados a criptomoedas na rede do AdWords. Agora, a companhia vai proibir extensões no Chrome desenvolvidas para mineração de moedas.

O bloqueio já vale para novas solicitações de inclusão de extensões na Chrome Web Store, mas também vai afetar aquelas já existentes: o plano do Google é remover todas as extensões ligadas a mineração de criptomoedas até o final de junho, mesmo aquelas que não tenham sido alvo de reclamações ou apresentado atividades suspeitas.

A segurança é, de novo, a explicação do Google para a decisão. A companhia afirma que, nos últimos meses, houve aumento expressivo de extensões maliciosas que até executam algum recurso útil, mas rodam scripts de mineração em segundo plano, sem autorização do usuário.

Como consequência, o computador acaba perdendo desempenho ou gastando mais energia, por exemplo, e o usuário muitas vezes nem desconfia qual é a fonte do problema.

Até então, o Google vinha permitindo a inclusão de extensões de mineração vindas de serviços ligados a criptomoedas, desde que ficasse claro para o usuário qual o propósito da ferramenta e que esta não tivesse outra finalidade. Mas nem isso vai ser mais tolerado. O problema, de acordo com a companhia, é que mais de 90% dessas extensões não cumprem as regras.

Essa é, portanto, uma abordagem do tipo “é melhor prevenir do que remediar”. Mas o problema está longe de uma solução: o número de páginas que executam elementos de mineração de modo oculto ainda é expressivo. Seria interessante se, a exemplo do Opera, o Chrome também fosse capaz de bloquear nativamente esses scripts.

Com informações: TechCrunch.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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