Tinder deixa usuários na mão após falha no login do Facebook

há 6 anos • Atualizado há 1 semana

O Facebook anunciou nesta quarta-feira (4) uma mudança na API para desenvolvedores, limitando o acesso de aplicativos a alguns dados do seu perfil. Pouco tempo depois, uma série de usuários reclamou que não consegue mais acessar o Tinder — cujo principal método de login é via Facebook.

No iOS, o processo de login coloca o usuário em um loop infinito. Ao abrir o Tinder, o usuário vê um aviso para entrar com o Facebook, mesmo se já estava logado antes.

Ele toca em Continuar e se depara com uma mensagem dizendo que “o Tinder precisa de permissões adicionais do Facebook para criar ou usar uma conta”, e a opção Perguntar. Toque nela, e aparece a notificação inicial, dizendo que o app vai fazer login com Facebook.

Facebook’s API changes just broke Tinder. It throws you into an endless login loop. Bravo to Facebook for being considerate of their only valuable product. pic.twitter.com/QbJA1uTi0v

— Daniel Sinclair (@_DanielSinclair) April 4, 2018

No Android, ao tocar em “Fazer login com Facebook”, você recebe a mensagem “Opa! Algo deu errado” depois de alguns segundos.

A falha também afeta a versão web:

O Tinder diz em comunicado ao Tecnoblog:

Um problema técnico impediu alguns usuários de acessarem o Tinder. Nós encontramos a solução e rapidamente retomamos o serviço. Pedimos aos nossos usuários para garantir que atualizaram o aplicativo e estão executando a versão mais recente.

Por sua vez, o Facebook diz em comunicado à New York Magazine: “isso foi parte das mudanças que anunciamos hoje, e estamos trabalhando com o Tinder para resolver o problema”.

O Facebook fez “mudanças imediatas” em suas APIs para desenvolvedores, incluindo o Facebook Login. Ele não permite mais acessar algumas informações de perfis, como status de relacionamento, seção “sobre mim”, histórico educacional e de trabalho.

Além disso, as APIs agora limitam o acesso de aplicativos a eventos, grupos e páginas. A ideia é impedir que aconteça outro caso semelhante ao da Cambridge Analytica, que obteve dados de 87 milhões de pessoas — 443 mil delas no Brasil.

Com informações: New York Magazine. Atualizado em 05/04 com posicionamento do Tinder.