Enquanto lida com a maior crise de sua história, o Facebook tenta ser um pouco mais transparente com seus usuários. A empresa quer se explicar após o escândalo Cambridge Analytica, e abriu o jogo sobre o Messenger.

Nesta quarta-feira (4), o Facebook disse que monitora as fotos e os links enviados no Messenger. A empresa conta com um sistema automatizado para impedir comportamento abusivo com mais rapidez — é o mesmo sistema usado nos posts compartilhados no feed de notícias.

A prática foi confirmada em uma entrevista de Mark Zuckerberg a um podcast da Vox. O objetivo é ter certeza de que os conteúdos estão de acordo com suas regras. Caso contrário, eles são bloqueados ou removidos.

Durante a entrevista, Zuckerberg deu o exemplo de um caso envolvendo mensagens que apoiavam a limpeza étnica ocorrida em Mianmar. O executivo disse que o sistema foi capaz de entender o teor da conversa e impedir que as mensagens fossem levadas adiante.

À Bloomberg, o Facebook afirmou que a ferramenta também é usada para outras finalidades, como identificar fotos que retratam exploração infantil ou links que espalham malware. Apesar da aparente boa intenção da ferramenta, algumas pessoas questionaram se ela também é utilizada para fins publicitários. A companhia, por sua vez, negou essa atividade.

No entanto, ela confirmou que as conversas no Messenger podem ser lidas por moderadores. Isso ocorre somente quando um usuário envia uma denúncia de abuso.

As novas revelações envolvendo o Messenger podem aumentar ainda mais a crise dentro do Facebook, que está sendo investigado pelas autoridades e terá que prestar explicações ao Congresso americano.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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