Se você usou alguma versão do Windows 3.x, incluindo o Windows for Workgroups, certamente se deparou com o Gerenciador de Arquivos. Esta era a principal forma de navegar entre pastas e discos usando a interface gráfica.

Craig Wittenberg, que trabalha na Microsoft desde 1982 (!), vem atualizando esse programa internamente, e agora todos podem usá-lo — e até modificá-lo.

A Microsoft liberou o código-fonte do Gerenciador de Arquivos sob a licença MIT. Ou seja, não há qualquer restrição para “usar, copiar, modificar, mesclar, publicar, distribuir, sublicenciar e/ou vender cópias”.

Mas, claro, você pode usá-lo sem pagar nada. Basta baixar a cópia mais recente no GitHub, descompactar a pasta e rodar; não há processo de instalação. Ele está em inglês e é compatível com “todas as versões do Windows atualmente suportadas pela Microsoft”, incluindo o Windows 10.

Talvez você se depare com um aviso de segurança; neste caso, basta clicar em “Mais informações” e depois em “Executar assim mesmo”.

Wittenberg explica que modificou algumas coisas “de acordo com minhas necessidades e uso pessoal”. Ele adaptou o programa para rodar no Windows em 64 bits (há suporte a nomes longos de arquivo); e atualizou alguns atalhos de teclado. Por exemplo, Ctrl + C antigamente servia para trocar entre drives; agora ele copia o arquivo ou pasta selecionada.

O Gerenciador de Arquivos (winfile.exe) também foi incluído no Windows 95, NT 4.0 e Windows ME, em versões de 16 bits e 32 bits. Mas, nesses sistemas, o padrão era o Windows Explorer, que segue sendo utilizado até hoje.

Gerenciador de Arquivos no Windows 3.1

Há alguns anos, a Microsoft liberou o código-fonte do MS-DOS 1.1 e 2.0 e do Word 1.1a, adicionando-os ao acervo do Computer History Museum “para conhecimento histórico e técnico”.

Com informações: The Verge.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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