Enquanto o 4G se expande no Brasil, o Comitê de Espectro e Órbita da Anatel começou a estudar a frequência de 3,5 GHz para o 5G. O objetivo é verificar possíveis interferências de outros serviços, como os providos por satélites, antes de liberar a faixa para as operadoras de telefonia móvel.

Segundo o Mobile Time, o primeiro encontro aconteceu na semana passada e reuniu representantes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e fabricantes de equipamentos de recepção de satélite.

A faixa de 3,5 GHz pode causar interferências nos serviços de satélite que operam em frequências próximas. Por exemplo, a banda C, normalmente utilizada por emissoras de televisão para transmitir a programação para antenas parabólicas, opera entre 3.700 e 4.200 MHz para comunicações do satélite para a Terra (e entre 5.925 e 6.425 MHz da Terra para o satélite).

Em um primeiro momento, o comitê quer avaliar as interferências que podem ocorrer com o 5G de 3,5 GHz. Detalhes como tamanho de espectro e limpeza de frequência só deverão ser discutidos posteriormente. O plano é que a Anatel possa licitar a frequência para as operadoras móveis no começo do segundo semestre de 2019.

O 5G ganhou sua primeira especificação oficial no final de 2017. O padrão Non-Standalone 5G NR (New Radio) estabelece uma ampla faixa de espectro, com frequências baixas (600 MHz e 700 MHz), médias (3,5 GHz) e altas (50 GHz). Nos Estados Unidos, operadoras como AT&T, Verizon e T-Mobile prometem implementar o 5G até 2019.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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