Tesla é processada em US$ 2 bilhões por startup de caminhões Nikola

Paulo Higa
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• Atualizado há 6 dias
Nikola One

Duas empresas do mesmo setor e com nomes bem peculiares estão brigando na justiça: a Nikola, uma startup de caminhões movidos a hidrogênio, e a Tesla, montadora de automóveis e sistemas elétricos de Elon Musk. Nesta terça-feira (1º), a Nikola abriu um processo nos Estados Unidos contra a Tesla por supostamente infringir patentes no caminhão autônomo Semi: ela quer uma indenização de US$ 2 bilhões.

Entre os produtos da Nikola estão os caminhões Nikola One e Nikola Two, que prometem ser mais leves, mais rápidos e mais seguros que os movidos a diesel (assim como o Tesla Semi). Recentemente, a Nikola abriu uma divisão batizada de Nikola Energy com o objetivo de dominar a indústria de energia solar (assim como a Tesla Energy).

Tesla Semi

A Nikola diz que o Tesla Semi tem várias similaridades com os caminhões Nikola One e Nikola Two, incluindo detalhes dos pára-lamas dianteiros, pára-brisas que envolvem a cabine, portas de entrada intermediárias e fuselagem aerodinâmica com coeficientes de arrasto parecidos. Além disso, a Nikola diz que a Tesla tentou contratar seu engenheiro-chefe alguns meses após ter anunciado o caminhão movido a hidrogênio.

Quando as primeiras imagens do Tesla Semi vazaram na internet, a Nikola percebeu a semelhança e chegou a pedir para que a empresa de Elon Musk adiasse seu evento de lançamento até que a questão fosse resolvida, mas nunca houve resposta. E, como a Nikola perdeu parte de seus investidores e parceiros para a Tesla, esta última estaria causando uma “confusão no mercado”, gerando prejuízos de US$ 2 bilhões.

Em nota ao The Verge, a Tesla diz ser “obviamente óbvio que não há mérito nesse processo”.

Nikola Tesla não deve estar nem um pouco feliz com essa história.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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