PUBG Corp processa criadora de Fortnite por violar direitos autorais

Felipe Ventura
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses

A PUBG Corp está processando a filial coreana da Epic Games, desenvolvedora de Fortnite, por violação de direitos autorais. Ela diz que o sucesso do jogo se deve à cópia de recursos de PlayerUnknown’s Battlegrounds. Era questão de tempo.

PlayerUnknown’s Battlegrounds é um dos responsáveis pela explosão de jogos do gênero “battle royale”, em que 100 jogadores numa ilha disputam espaço entre si até sobrar apenas um.

Então veio Fortnite, que adota o modelo battle royale com alguns elementos adicionais — permitindo construir torres, rampas e fortes, por exemplo. Além disso, o jogo é gratuito com compras in-app, enquanto PUBG custa a partir de R$ 55,99.

A disputa judicial era questão de tempo porque Fortnite tinha tudo para ultrapassar a popularidade de PUBG, ameaçando sua existência. E isso já aconteceu.

Em fevereiro, Fortnite atingiu 3,4 milhões de jogadores simultâneos, superando o recorde de 3,3 milhões de PUBG alcançado no início de janeiro, segundo a Bloomberg. Desde então, o número se usuários de PUBG caiu pela metade para cerca de 1,5 milhão.

Nesta terça-feira (29), 27 mil pessoas estavam assistindo partidas de PUBG no Twitch, contra 260 mil vendo Fortnite. Mais da metade estava no canal de Tyler “Ninja” Blevins, ex-jogador de PUBG.

“Esta é uma medida para proteger nossos direitos autorais”, diz a PUBG Corp em comunicado. A Epic Games ainda não se manifestou.

Este ano, a PUBG Corp também processou a Netease Games, acusando-a de basear dois jogos para celular — Rules of Survival e Knives Out — no conceito de battle royale. Ela pede que os apps sejam removidos da App Store e do Google Play, e exige US$ 150 mil por violação de direitos autorais.

Com informações: Bloomberg.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

Relacionados