Automação, futuro da nuvem, diversidade e mais: 5 destaques do Oracle OpenWorld

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Oracle

A Oracle reuniu 10 mil pessoas no Parque Ibirapuera, em São Paulo, para discutir tendências tecnológicas e negócios no Oracle OpenWorld Brasil 2018. O evento, que aconteceu na quarta-feira (20) e quinta-feira (21), trouxe sessões, palestras e keynotes com conteúdos sobre transformação digital, explosão de dados, sistemas autônomos e mais.

E o que aconteceu de mais importante no evento? Confira cinco destaques:

1. O futuro é autônomo (e o presente também)

Tudo caminha para a automação: transporte, agricultura, espaço, infraestrutura e muitos outros setores, inclusive a Tecnologia da Informação (TI). O banco de dados autônomo é uma realidade no mercado e já está sendo utilizado por empresas de todos os tamanhos para otimizar suas operações, poupando tempo do DBA, que elimina as tarefas de gerenciamento mundanas e repetitivas de sua rotina.

Os chatbots inteligentes com machine learning já estão aprendendo com as próprias interações para auxiliar os humanos, atendendo em várias plataformas ao mesmo tempo. E, apesar de nem sempre notarmos, diversas tarefas do dia a dia possuem automação.

2. A automação é a mudança que vai impactar os negócios

A automação é uma mudança que deverá impactar especialmente os negócios, segundo Dave Donatelli, vice-presidente executivo do Oracle Cloud Business Group. “Se você olhar para as mudanças na tecnologia nos últimos 18 anos, os principais beneficiados foram os consumidores finais. Elas também impactaram as empresas e governos, mas não tanto. Agora há muitas tecnologias que realmente vão mudar as empresas e os governos de uma forma que não vimos nas últimas décadas”, diz Donatelli.

Isso porque o banco de dados poupa tempo e custos. Como já explicamos, ele faz otimizações de forma contínua, com base em machine learning, o que tem aumentado a performance de sistemas da Nextel e da argentina Agea — que colocará o data warehouse autônomo da Oracle em produção em julho, reduzindo os tempos de acesso aos conteúdos da empresa de mídia.

3. A agilidade é crucial para o sucesso de uma empresa

Um dos palestrantes do Oracle OpenWorld, o cofundador da Netflix, Mitch Lowe, contou a história do serviço que começou entregando DVDs pelo correio, mostrando como ser ágil e não ter medo de errar é importante para o sucesso de uma empresa. Quando surgiu, em 1997, a Netflix tinha outros problemas: a Blockbuster dominava o mercado de aluguel de filmes, a internet era lenta e as mídias físicas demoravam para chegar ao cliente.

Na época, quando um cliente alugava um DVD, o filme demorava até três dias para chegar pelo correio. A solução foi erguer 15 centros de distribuição nos Estados Unidos, para que todos os clientes recebessem um DVD em um dia. Mas, com a ascensão do streaming, foi possível agilizar ainda mais o processo: nenhum método de envio poderia ser mais rápido que um clique no mouse.

“Um desafio era levar o sentimento da locadora física, de falar com alguém, para o ambiente online. A personalização foi a resposta”, diz Lowe. Hoje, a Netflix vale US$ 165 bilhões, enquanto a Blockbuster, que demorou para reagir aos avanços do mercado, fechou as portas (e suas lojas físicas).

4. A nuvem é a base das próximas inovações tecnológicas

Há alguns anos, o assunto mais comentado sobre tecnologia, sem dúvidas, era cloud. Tudo era computação em nuvem, armazenamento na nuvem, nuvem pública, nuvem privada, games na nuvem. Hoje o termo saiu um pouco do noticiário, mas por um motivo simples: a nuvem se tornou um padrão de mercado. Mais do que isso: a nuvem é a fundação das próximas inovações tecnológicas.

Um dos ramos mais conhecidos da inteligência artificial é o machine learning. Via de regra, quanto mais dados de treinamento um sistema tem, mais preciso ele é. Hoje, essas informações são armazenadas na nuvem pelas grandes empresas. Os comandos de voz, cada vez mais comuns em smartphones, alto-falantes e até fones de ouvido aumentam drasticamente o tamanho dos dados (que, de novo, ficam na nuvem). Headsets de realidade aumentada já são utilizados pelas companhias em diversas aplicações, pegando os dados… da nuvem.

Todos os setores vão se beneficiar de tecnologias emergentes, como a internet das coisas, a inteligência artificial e o blockchain. E por trás de todas essas tecnologias estará a nuvem. “O desafio agora é descobrir como fazer seus apps de back-end rodarem da forma mais eficiente possível e como fazer sua infraestrutura rodar da forma mais eficiente possível”, ressalta Bob Weller, vice-presidente executivo de Oracle Global Business Units.

5. Os negócios precisam de diversidade e responsabilidade social

Diversidade é um tema que deveria ser mais discutido, principalmente no setor de tecnologia, que detém um destaque negativo pela baixa diversidade racial e de gênero. O gerente de relacionamento da Basf, Guilherme Bara, ressaltou no Oracle OpenWorld que “investir em diversidade é investir para construir o melhor ambiente na sua empresa”.

Uma das palestrantes do evento foi justamente uma pessoa que tenta mudar esse cenário. A programadora senegalesa Mariéme Jamme está à frente da iniciativa iamtheCODE, cujo objetivo é mobilizar governos, empresas e investidores a apoiar jovens mulheres em áreas como ciência, tecnologia e engenharia.

Até 2030, o projeto quer construir uma geração de 1 milhão de programadoras. “A tecnologia é uma habilitadora, me habilitou a estar aqui hoje. Mas precisamos usá-la de maneira que faça o bem”, diz Mariéme, que aprendeu a ler, escrever e programar por conta própria.

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O Oracle OpenWorld Brasil 2018 acabou, mas a Oracle continua fornecendo soluções inovadoras, ágeis e robustas para todos empresas de todos os tamanhos e setores, como finanças, saúde, manufatura, construção, educação, hospitalidade, varejo e mais. Conheça a solução ideal para o seu negócio.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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