A Microsoft se uniu à Qualcomm para lançar computadores com Windows 10 e processadores Snapdragon, que prometem alta duração de bateria e desempenho próximo ao de alguns modelos Intel Core.

Desta vez, a Qualcomm está preparando um chip móvel chamado Snapdragon 1000, segundo o WinFuture. Ele foi pensado para os laptops de 2019, e pode acirrar ainda mais a concorrência com a Intel.

O Snapdragon 1000 teria potência total de 12 W para todo o sistema-em-um-chip, dos quais 6 W seriam consumidos pelo processador. A plataforma de testes usa 16 GB de RAM LPDDR4X e duas unidades flash UFS de 128 GB.

O processador deve usar a arquitetura Cortex-A76, que foi reprojetada do zero para entregar desempenho “em nível de laptop”, segundo a ARM. Além disso, ele deve ser fabricado em um processo de 7 nm.

Trata-se de um chip relativamente grande, com 20 x 15 mm (contra 12 x 12 mm do Snapdragon 850). Nos sistemas de teste, ele não é soldado à placa principal, e se encaixa em um soquete. É algo incomum em dispositivos móveis — seja um smartphone ou notebook — porque isso aumenta a altura do processador.

Por fim, o Snapdragon 1000 deve ser compatível com o padrão Wi-Fi 802.11ad, cuja capacidade teórica máxima é de 7 Gb/s. Ele também deve trazer um modem 4G capaz de ultrapassar 1 Gb/s (se a operadora permitir).

Esta é uma evolução rápida para a Qualcomm. Primeiro tivemos PCs com processador Snapdragon 835, e ainda este ano teremos designs baseados no Snapdragon 850 — um Snapdragon 845 com maior frequência.

No ano que vem, o Snapdragon 1000 deve enfrentar processadores Core das séries Y e U, bastante usados em ultrabooks. Esses chips da Intel consomem entre 4,5 W e 15 W ocupando uma área maior (45 x 24 mm).

Com informações: Ars Technica.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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