Apple se afasta da Intel ao recusar componente para futuros iPhones

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Foto por Ericsson/Flickr

A Apple parece estar, pouco a pouco, se distanciando da Intel. Rumores dizem que ela prepara chips próprios para Mac, que iriam substituir os processadores da linha Core. E desta vez, ela recusou um componente de Wi-Fi para futuros iPhones.

Segundo o jornal israelense Calcalist, a Apple avisou à Intel que não usará seu componente chamado “Sunny Peak”. Ele seria responsável por conexões Wi-Fi e Bluetooth nos iPhones de 2020.

Por isso, a empresa teria interrompido o desenvolvimento do Sunny Peak, redirecionando seus engenheiros para outros projetos. Em documentos internos, ela diz que a Apple seria o “cliente-chave” para o chip, e o principal fator para sua fabricação em massa.

De acordo com os documentos, a decisão da Apple foi motivada por “muitos fatores”, incluindo a adoção do padrão Wi-Fi 802.11ad mais rápido, que “traz desafios novos e imprevistos”.

Inicialmente, o Calcalist disse que a Apple deixaria de usar os modems 5G da Intel, mas corrigiu a reportagem — o Sunny Peak não está relacionado a redes móveis. “A Intel não alterou os acordos do 5G com clientes nem o roadmap para 2018 até 2020”, diz a empresa em comunicado.

Estima-se que ela vai fornecer 70% dos modems 4G para os iPhones a serem lançados este ano. O restante viria da Qualcomm, com quem a Apple está em uma complicada disputa judicial. No entanto, rumores dizem que ela quer migrar para modems fabricados pela MediaTek, deixando a Intel de lado.

Além disso, parece que a Apple está preparando Macs sem processadores da Intel. Em vez disso, eles teriam chips próprios, tal como o iPhone e o iPad. Estes computadores devem chegar ao mercado em 2020.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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