Fortnite já é usado para espalhar malware no Android

Após a Epic revelar que o jogo não chegaria à Play Store, vários sites se apresentaram como os oficiais para o download de Fortnite

Victor Hugo Silva
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Fortnite

Não demorou muito até que alguém criasse uma versão falsa de Fortnite para Android. Depois da Epic Games anunciar que não colocaria o jogo na Play Store, alguns cibercriminosos viram a oportunidade de espalharem malware e ganharem dinheiro em cima de outros usuários.

Segundo a Wired, o problema existe ao menos desde o dia em que o CEO da Epic, Tim Sweeney, revelou os planos da empresa. Após a declaração, sete sites se apresentaram como os oficiais para o download do jogo no Android.

Com páginas que tinham um visual parecido ao do site oficial, os cibercriminosos distribuíram arquivos maliciosos para quem tentasse baixar o jogo. Neste grupo, foram usados dois tipos de malware.

Um deles, conhecido como FakeNight, reproduz um vídeo que simula a tela de carregamento. Em seguida, ele mostra uma janela com o aviso de que é necessário realizar uma verificação do aparelho.

Ao apertar em OK, o aplicativo abre o navegador, que mostra uma nova página. Ela informa que revelará um código do jogo caso o usuário aperte nos anúncios. Como você já deve suspeitar, o código nunca é exibido.

Fortnite Malware FakeNight

O outro malware é chamado de WeakSignal. Ele também apresenta uma tela de carregamento falsa, que já exibe anúncios no topo. A estratégia é dizer que o sinal de internet está fraco e que é preciso abrir o aplicativo novamente.

Nos dois casos, o objetivo é ganhar dinheiro com visualização e cliques em anúncios. Porém, há casos mais graves. Em maio, outro aplicativo se passou por Fortnite para espionar usuários. Ao ser instalado, ele coletava ligações e usava a câmera do celular para tirar fotos.

As tentativas maliciosas com jogos populares são comuns. No entanto, elas se intensificaram após a decisão da Epic. A empresa não quis colocar Fortnite na Play Store para evitar a taxa de 30% do Google para cada pagamento feito dentro do jogo.

Caso a estratégia ofereça bons resultados, outras produtoras deverão seguir esse caminho e oferecer apps e jogos em seus próprios sites. Se isso acontecer, a mudança na forma de distribuição poderá elevar os riscos para os usuários, que deverão descobrir por conta própria quais site são realmente confiáveis.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

Canal Exclusivo

Relacionados