Serviços de compartilhamento de patinetes elétricos não são populares no Brasil, mas três startups querem mudar essa realidade: Yellow, Ride e Scoo já testam esse tipo de serviço em São Paulo e esperam que os patinetes possam se tornar um meio de transporte individual tão bem aceito no Brasil quanto as bicicletas.
Os patinetes elétricos são ágeis para curtas distâncias, ocupam pouco espaço e o seu uso não requer muito tempo de aprendizado. Mas lançar um serviço de compartilhamento baseado nesse tipo de veículo é um desafio maior do que se imagina. Desafio, porém, que as três empresas parecem dispostas a encarar.
Yellow: bicicletas e patinetes elétricos
A Yellow é um caso interessante porque planeja explorar duas modalidades: bicicletas e patinetes. No início do mês, a empresa começou a oferecer um serviço de compartilhamento de bikes via aplicativo em São Paulo que não exige estações físicas para retirada e entrega (ou seja, é do tipo dockless). O usuário pode pegar ou deixar a bicicleta em locais públicos que permitem o estacionamento de veículos em geral. O preço é de R$ 1 a cada 15 minutos.
Mas a Yellow já informa em seu site e nas redes sociais que irá oferecer um serviço similar para patinetes elétricos. A ideia é trabalhar com as duas modalidades ao mesmo tempo. Assim, o usuário pode escolher tanto a bicicleta quanto o patinete no app, o que lhe for mais conveniente em cada situação.
Testes com patinetes já estão sendo realizados em São Paulo, mas com um grupo fechado de usuários. Quando a modalidade for lançada, a Yellow deverá cobrar R$ 4 de ativação para desbloqueio do patinete mais R$ 1 para cada cinco minutos de uso, embora possa haver mudanças nos valores até a estreia oficial.
Ride: pré-lançamento em São Paulo
Por sua vez, a Ride parece estar em um estágio mais avançado. A startup está focada somente em patinetes elétricos e já disponibiliza unidades em alguns pontos da capital paulista para o público em geral. A empresa fez um pré-lançamento no último 12 no Parque Ibirapuera e na Avenida Paulista.
O serviço da Ride também é baseado em aplicativo. Por meio dele, é possível localizar os patinetes mais próximos e desbloqueá-los. O custo para o usuário é de R$ 0,50 por minuto com preço de ativação de R$ 2,50, mas esses valores ainda estão sendo testados, portanto, podem mudar.
Na Ride, o modelo dockless também está sendo adotado, mas com alguns cuidados adicionais, entre eles, fazer o aplicativo recomendar locais para que o usuário deixe o patinete, que podem ser bicicletários, paraciclos e outros pontos acessíveis. A ideia é trabalhar junto ao poder público para que mais locais sejam oferecidos ao longo do tempo.
Scoo: R$ 0,25 o minuto
Assim como nos serviços rivais, a Scoo tem base em um aplicativo para localizar e liberar o patinete. A ativação custa R$ 1 e dá direito a quatro minutos de uso. Depois desse período, o usuário deve desembolsar R$ 0,25 para cada minuto adicional.
A Scoo também escolheu a cidade de São Paulo para os testes iniciais. Os seus patinetes estão disponíveis em locais como Avenida Paulista, Avenida Faria Lima e Parque do Ibirapuera, mas, obviamente, o plano é levar o serviço para mais regiões da capital e a outras cidades.
Das três startups, a Scoo é a que parece ser mais restritiva quanto aos locais para estacionar os patinetes. O aplicativo do serviço indica os pontos nos quais o usuário deve deixar o equipamento. Para haver ampla cobertura, parcerias serão fechadas para que os veículos possam ser deixados em estabelecimentos comerciais, por exemplo.
O modelo de patinetes elétricos tem grandes desafios
Se operar serviços de bicicletas compartilhadas no Brasil já é um desafio por conta do risco de roubos, vandalismo e falta de ciclovias, imagine então lidar com patinetes elétricos.
Além dos problemas de segurança e infraestrutura, as três startups precisam encarar vários outros pormenores. Começa pela necessidade de recolher os patinetes para recarga das baterias. Se não houver um planejamento minucioso para isso, os usuários se depararão com patinetes inoperantes e, certamente, isso manchará a imagem do serviço.
Para lidar com essa questão, a Scoo pretende adotar pontos móveis que servirão para recarga e entrega dos patinetes. É uma ideia interessante porque permitirá que a empresa direcione esses pontos para determinados locais conforme a demanda.
Essa também parece ser uma boa solução para a dificuldade de uso do modelo dockless. Mesmo que a Scoo quisesse utilizá-lo de maneira ampla, a falta de uma regulamentação específica para isso é um empecilho. Justamente por esse motivo, a Yellow pretende usar pontos fixos para os seus patinetes na fase inicial, apesar do interesse pelo dockless.
Na verdade, a falta de regulamentação dificulta toda a operação. A Prefeitura de São Paulo permite o uso de patinetes elétricos em ciclovias ou calçadas, desde que com velocidades seguras (máximo de 20 km/h para ciclovias e 6 km/h para calçadas), mas ainda não definiu regras para exploração comercial desses equipamentos.
Mas, talvez, a maior dificuldade seja a aceitação pública. Nenhuma das três startups esconde que a inspiração vem de fora. Empresas de compartilhamento de patinetes elétricos como Bird e Lime já fazem sucesso nos Estados Unidos (embora também tenham problemas com regulamentação). No Brasil, porém, ainda pode levar tempo para o patinete ser visto como um meio de transporte para curtas distâncias e não apenas um brinquedo.
Com informações: UOL Tecnologia, Estadão, StartSe.
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so uma ressalva com relacao ao blablacar, eu acho muito caro algumas caronas.. por exemplo 100reais sp-RJ ? prefiro ir de onibus, mais confortavel e garantido... pois muitas das caronas acaba em pizza pois o dono do carro so vai se lotar o carro, ou seja, ele quer viajar de graça.
errou feio amiguinho... a procura está sendo maior, do que as bicicletas...
Ainda não utilizei porque descobri recentemente e não tenho estado em SP. Vou testar semana que vem. Acho que é interessante a proposta e utilizarmos a cabeça para utilizar. Quando lançou o Easy Taxi, eu só ouvia... "Nâo vai dar Certo!", quando lançou o Uber... "Nao vai dar certo".... quando lancaram as bkes do Itau... "Não Vai dar Certo"... Blablacar então... "Vc vai morrer!"
Eu utilizo transportes compartilhados há cerca de 15 anos (Era feito com amigos e amigos de amigos) fora os públicos convencionais (Ônibus, trem, metrô, etc) e digo que eles só melhoraram. Acho que a proposta desses é pra curtas distâncias e pra pegar vias mais congestionadas pode ser bem interessante e com preço acessível. Atravesso a Paulista em cerca de 45 minutos, quanto vou gastar em patinete, acho que uns 2 reais. Se tiver alguém me esperando, to sem crédito no Bilhete único, sei lá, se udar a cabeça vai funcionar e muito.
O Patinete vale a pena para pequenas distâncias. Aqui na Av. Faria Lima tem varias rodando. Pega próximo a estação de metrô e deve demorar 5 minutos para chegar no destino.
Eu gostei bem mais que a bike por ser diferente.
Um amigo que voltou dos EUA agora falou que lá é assim. Os caras pagam, em forma de crédito, os usuários que carregam os patinetes.
Esse valor de bike compensa bastante.
Agr q vi a conta infeliz que fiz ali em cima, ignorem
Pra mim só se não tiver onibus pra onde você quer ir, se for perto ou se estiver com muita pressa. Pra uso cotidiano achei muito caro. Prefiro ter minha bicicleta mesmo.
Eu tava conversando com um amigo meu e na italia o sistema normal de bicicletas(que sao mais caras até) é bem mais barato.. justo na minha opinião hehe
É difícil conseguirem tornar isso popular.
O número vai ser baixo, o que dificulta a popularidade, não será como as bicicletas da Yellow que tem em todo lugar. Quando você quiser um patinete verá que não tem nenhum próximo, aí já irá desistir de pegar um.
O preço é alto, vale mais a pena pegar uma bike ou um Uber.
Tem gente que nunca andou de patinete e vai ficar com receio de andar em um. Eu nunca andei, mas parece ser fácil.
O patinete é realmente caro, mas as bikes com 1 real por 15 minutos é de boas, normalmente a galera vai usar pra evitar pegar ônibus em um percurso curto ou fazer baldeações, aqui em sp eu uso pra ir da avenida paulista até o terminal pinheiros, é basicamente descida e acabo não gastando com a integração .
brincando de pega-pega com patinete é mancada, coitado das outras crianças .
Justamente, os custos de recolher os patinetes creio que sejam até altos!
Eu passei a infância em cima de um patinete
O primeiro contato que tive com patinetes elétricos foi no lançamento do Peugeot 3008, que nas primeiras unidades trazia um modelo fabricado pela Peugeot. É uma aposta bem interessante e de certa forma mais segura do que uma bike, considerando o aspecto ergonômico claro (modo de pilotar, espaço, centro de equilíbrio). O problema está no preço e no suporte para recargas, assim como acontece com carros elétricos.
Tbm achei bem caro.
50 centavos o minuto, 10 minutos são 10 reais
não vejo motivos pra não pegar um ônibus
Certamente vão ter rastreador, mas e o saco pra ir atrás?
Isso não vai dar certo.
Já complica o fato de mesmo o patinete comum também não ser um brinquedo popular no Brasil, não fez parte da infância de muitos adultos daqui e isso pode atrapalhar esse negócio.
E precisariam criar um patinete padrão Brasil com rodas maiores para encarar buracos e lombadas pelo caminho.
Acho legal, mas tanto esse quanto o yellow considero relativamente caro. Tudo bem que custo das coisas em SP são mais altos que Fortaleza.. mas ainda assim.
uma solução para a questão da carga é de dar créditos no aplicativo para quem recarregar as baterias dos patinetes.
Como sempre a iniciativa é boa, mas como temos visto em alguns cantos como no caso das bikes Yellow, já tem gente estragando ou furtando. Só espero que dê certo mesmo e sejam localidades boas.
Super apoio isso aki em BH q tem um morro e montanha atrás do outro.
COME TO BH!