Google Inbox vai ser descontinuado em março

Criado para ser um cliente de email mais útil completo, Inbox vai ser descontinuado pelo Google, que pretende se focar apenas no Gmail

Emerson Alecrim
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Google Inbox

Criado há quatro anos para ser uma ferramenta de email mais útil e inteligente do que o serviço nativo do Gmail, o Inbox vai ser aposentado pelo Google: a companhia decidiu manter a ferramenta somente até o fim de março de 2019, tanto nos aplicativos quanto na versão web.

Embora nunca tenha superado o cliente oficial do Gmail em número de usuários, o Inbox coleciona fãs por conta dos recursos que oferece. Há anos que o Google tenta fazer o email ser muito mais do que um serviço para envio e recebimento de mensagens. Para isso, a companhia colocou no Inbox diversas funcionalidades inteligentes.

Só para dar alguns exemplos, o Google Inbox agrupa mensagens automaticamente por categorias (como viagens e compras), destaca informações importantes sem que você tenha que abrir a mensagem (como localizador de passagens aéreas) e permite que você adicione lembretes à sua caixa de entrada.

Por que então a decisão de descontinuar o Inbox? O Google disse simplesmente que quer se focar no Gmail. De fato, o serviço de email do Google tem recebido mais atenção. Prova disso é que a versão do Gmail para navegadores teve a interface renovada neste ano. Curiosamente, ela traz elementos de design e funcionalidades que remetem à versão web do Inbox.

Na verdade, o Inbox sempre funcionou como uma espécie de campo de prova para recursos que, mais tarde, foram implementados no Gmail. Foi assim, por exemplo, com a função de resposta inteligente e com o botão Adiar, que permite que uma mensagem seja arquivada temporariamente e só retorne à caixa de entrada na data e horário que o usuário definir.

Se mais cedo ou mais tarde determinados recursos acabam sendo implementados no Gmail, há lógica em descontinuar o Inbox para haver mais foco no primeiro, ainda que isso deixe alguns usuários desapontados. Resta saber qual abordagem o Google vai adotar a partir de agora para avaliar o funcionamento ou a aceitação de recursos experimentais no serviço.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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