Vivo tem lucro de R$ 3,2 bilhões com pós-pago e internet por fibra óptica

Vivo investiu R$ 2,4 bi no terceiro trimestre de 2018 em 4G e fibra óptica; Vivo Fibra chegará a mais 9 cidades até o final do ano

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, divulgou seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2018. A operadora registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, aumento de 160% em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos principais responsáveis é a maior base de clientes no pós-pago. A internet por fibra óptica também cresceu, assim como a TV por assinatura via fibra (IPTV).

Vivo cresce em pós-pago no segmento móvel

A Vivo teve crescimento de 1,8% no pós-pago durante o terceiro trimestre, adicionando 1 milhão de novos clientes nesses planos graças à forte atividade comercial dos canais de venda físicos e virtuais. São 39,4 milhões de acessos no pós-pago.

A base de M2M, como maquininhas de cartões de crédito e rastreadores veiculares, cresceu 30% em relação ao ano anterior, atingindo a marca de 7,6 milhões de acessos. No total, a Vivo tem 74,4 milhões de clientes.

O ARPU (gasto médio por usuário) de clientes móveis em geral foi de R$ 27,90, queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O ARPU do pós-pago foi de R$ 51,50; no pré-pago, foi de R$ 11,60.

Enquanto isso, a receita com venda de aparelhos (celulares e tablets) apresentou aumento de 72% ano a ano.

Internet por fibra e IPTV têm forte aumento

Os negócios de serviços fixos apresentaram queda de 5,4% no trimestre. A operadora diz que a base de comparação é menor em relação ao mesmo período do ano passado, por conta de uma negociação de um grande contrato pontual que gerou um efeito positivo na receita de Dados Corporativos e TI. Desconsiderando esse fator, a queda seria de 2%.

Outro fator na queda de receita é a redução de clientes de telefonia fixa, movimento que é natural no mercado. Houve redução de 5,4% de acessos comparado ao mesmo período de 2017; isso chega a 8,2% se consideramos apenas clientes residenciais. O ARPU de linhas de voz é de R$ 34,70, quase 12% a menos em relação ao ano anterior.

O serviço de TV por assinatura também registrou queda de 1,1%. O motivo é que a operadora está desestimulando o serviço através da tecnologia DTH, via satélite, e foca no IPTV, através de fibra óptica. A base de acessos de DTH encolheu 16% em relação ao ano anterior, enquanto o serviço de IPTV aumentou em 53%. O ARPU de TV cresceu 2,3% em relação ao mesmo período de 2017 e atingiu a marca de R$ 101,50.

A banda larga por fibra óptica com tecnologia FTTH (fibra até a residência) apresentou bons resultados, com crescimento de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, o serviço prestado por FTTC (fibra até o armário, como as instalações da antiga GVT) encolheu em 3%. A queda é maior para as demais categorias de banda larga (como o ADSL do Speedy), que encolheram em 14%.

A operadora informa que 66% dos clientes possuem velocidades de ultra banda larga (acima de 15 Mb/s), o que estimulou o crescimento do ARPU em 14%, atingindo o ticket médio de R$ 59,40.

Investimentos

Durante o período a operadora investiu aproximadamente R$ 2,4 bilhões, o que registra um aumento de 9,4% no período. Os recursos representam 22% da receita líquida operacional registrada no trimestre, e são concentrados principalmente na ampliação da rede de fibra óptica e aumento na cobertura e capacidade de 4G e 4G+.

A Vivo informa que o serviço de fibra foi lançado em 16 novos municípios. Até o final de 2018, ela pretende cobrir outras 9 cidades, incluindo novas capitais.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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