Titan RTX é a mais nova placa de vídeo poderosa da Nvidia

Voltada a aplicações profissionais, placa de vídeo Nvidia Titan RTX traz 24 GB de memória GDDR6 e alcança 16,3 teraflops no desempenho

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Nvidia Titan RTX

Depois de anunciar a GeForce RTX 2080 e a GeForce RTX 2080 Ti, parecia que a Nvidia não iria anunciar mais nada em 2018. Só parecia: nesta segunda-feira (3), a companhia revelou oficialmente a Nvidia Titan RTX, placa de vídeo que esbanja poder gráfico.

Nada vai impedir que essa placa seja usada em um PC gamer poderoso. No entanto, em vez de jogos, o foco do modelo recai sobre aplicações profissionais, especialmente aquelas que lidam com processamento para inteligência artificial. Não é à toa que a Titan RTX foi anunciada durante a edição 2018 da NeurIPS, conferência que discute redes neurais.

Apesar disso, é impossível não reparar que, nas especificações técnicas, a Nvidia Titan RTX é apenas pouca coisa superior que a GeForce RTX 2080 Ti (com exceção para a quantidade de memória, mais de duas vezes maior). Abaixo estão as fichas técnicas de ambas para que você possa compará-las.

GeForce RTX 2080 Ti:

  • 4.352 núcleos CUDA;
  • Frequência de 1.350 MHz (1.545 MHz em boost);
  • Núcleos Tensor: 544;
  • 11 GB de memória GDDR6;
  • Interface de memória de 352 bits;
  • Largura de banda de 616 GB/s (gigabytes por segundo);
  • TDP de 250 W.

Titan RTX:

  • 4.608 núcleos CUDA;
  • Frequência de 1.350 MHz (1.770 MHz em boost);
  • Núcleos Tensor: 576;
  • 24 GB de memória GDDR6;
  • Interface de memória de 384 bits;
  • Largura de banda de 672 GB/s;
  • TDP de 280 W.

As semelhanças nas especificações não são mera coincidência. As duas placas têm como base o chip TU102 que, por sua vez, segue a arquitetura Nvidia Turing. O principal elemento dela é o RT Core (são 72 RT Cores na Titan RTX), componente que lida com ray tracing (traçado de raios), ou seja, trabalha com uma técnica que imita raios de luz do “mundo real” para gerar gráficos.

Nvidia Titan RTX

Tal como as fichas técnicas acima indicam, a arquitetura Turing também traz suporte às memórias GDDR6 e aos novos núcleos Tensor, empregados em aprendizagem de máquina. Outra característica notável é a aplicação de um novo padrão de streaming multiprocessor (SM) que propicia mais operações de ponto flutuante.

Não por acaso, a Titan RTX pode chegar a 16,3 teraflops em precisão única (FP32) contra 14,2 teraflops da GeForce RTX 2080 Ti. Em operações de aprendizagem de máquina, a Titan RTX pode bater 130 teraflops — a Nvidia Titan V, modelo antecessor, alcança 110 teraflops, para você ter noção.

Alguns detalhes da nova placa de vídeo são curiosos. Um deles é o fato de a Titan RTX contar com menos núcleos CUDA (4.608) que a Titan V (5.120). Mas isso não quer dizer, necessariamente, que o desempenho aqui é menor: a Nvidia ressalta que os núcleos CUDA da arquitetura Turing são mais eficientes do que os das arquiteturas anteriores, a Pascal e a Volta.

De modo geral, é de se esperar que, na comparação com a GeForce RTX 2080 Ti, a Titan RTX tenha desempenho até 15% superior em operações como sombreamento e texturização.

A impressionante quantidade de memória da nova placa (24 GB, relembrando) não está ali só para… impressionar. O volume de dados de aplicações ligadas à inteligência artificial e afins costuma ser muito grande, razão pela qual a regrinha do “quanto mais, melhor” faz bastante sentido aqui.

Nvidia Titan RTX

É claro que a Nvidia não ofereceria tudo isso sem caprichar no valor cobrado: nos Estados Unidos, a Titan RTX começará a ser comercializada já neste mês com preço oficial de US$ 2.499.

O preço é alto, mas as especificações da Titan RTX estão próximas às da placa Quadro RTX 6000, que custa por volta de US$ 6.300. Como a linha Quadro é destinada a aplicações distintas, como modelagem de objetos e criação de animações, não dá para simplesmente falar em substituir uma pela outra, mas, nas aplicações em que isso for possível, a Titan RTX vai acabar apresentando melhor relação custo-benefício.

Com informações: AnandTech.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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